22/11/2015 17:10
Cruzeiro segue passos de 2002 para preparar elenco competitivo na próxima temporada
Clube celeste, que não perde há 12 jogos, manterá base e fará contratações pontuais
Último jogo do Cruzeiro de 2002, com 5 vitórias seguidas; classificação não veio, mas base com Alex e companhia foi mantida para 2003
O Cruzeiro viveu momentos muito ruins em 2015, mas acabou engrenando no fim da temporada e já colhe uma sequência de 12 jogos sem perder. Fica no torcedor a esperança de um 2016 melhor e mais competitivo para o clube celeste.
E a torcida tem um exemplo bem próximo para se apegar. A atual situação da Raposa se assemelha à do fim da temporada 2002. Naquele ano, Vanderlei Luxemburgo encaixou o time na reta final e o Cruzeiro terminou o Brasileirão com cinco vitórias seguidas, ficando fora do mata-mata do campeonato apenas pelo saldo de gols.
Assim como ficou no torcedor cruzeirense uma pontinha de frustração neste ano por não ter “dado tempo” de ter brigado de fato pelo G-4, em 2002 a sensação foi a mesma em relação ao mata-mata. O Cruzeiro manteve a base do seu elenco para 2003 e acabou conquistando a Tríplice Coroa naquela temporada. Obviamente, a manutenção da base do time de 2015 para 2016 não é certeza de títulos, mas a estratégia em 2003 acabou dando certo, com contratações pontuais.
Do time titular que terminou a temporada 2002, somente Fábio Júnior não ficou para 2003. Alguns atletas, como o lateral Ruy e o volante Paulo Miranda viraram os reservas dos reforços Maurinho e Maldonado, por exemplo. Mas jogadores como Gomes, Cris, Luisão, Leandro, Augusto Recife, Wendell e Alex, que já estavam na equipe em 2002, formaram a base do time supercampeão de 2003. Marcelo Ramos também virou a temporada no Cruzeiro, mas acabou deixando o clube no decorrer de 2003, rumo ao futebol japonês.
Nesta temporada, o discurso da diretoria é parecido. Segundo o vice de futebol Bruno Vicintin, o Cruzeiro contratará poucos reforços, a pedido de Mano Menezes. A ideia é manter a base atual e contar com novos nomes pontualmente, para posições mais carentes.
”A gente pensa grande, tem que pensar grande. O Cruzeiro é gigante. Como já estava numa situação de poucos pontos no campeonato, tendo uma arrancada, não sabíamos até onde podíamos chegar, e hoje estamos olhando jogo a jogo. Vamos ver até onde a gente pode chegar e já programando para o ano que vem. Acho que temos um time bom, não precisamos de número de contratações, precisamos de qualidade. Sobre 2002, espero que este ano seja igual, mas não tem como a gente saber o futuro”, disse Vicintin.
Curiosamente, o Cruzeiro do final de 2002 e início de 2003 chegou a uma série de invencibilidade de 36 jogos. Este ano, o time de Mano Menezes já acumula a marca de 12 partidas sem perder.
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