Torcida do Cruzeiro no jogo contra o São Paulo

O slogan ‘time do povo’, adotado pelo Cruzeiro recentemente, acabou beneficiando seus próprios torcedores. Para fazer jus à ação de marketing, a diretoria celeste reduziu os preços dos ingressos e, recentemente, os valores de sócios e de camisas oficiais nas lojas.

Anteriormente, o bilhete mais barato para o torcedor comum custava R$50, agora ele vale R$40. Já o sócio-torcedor pode adquirir até quatro ingressos com 50% de desconto - cada um sai a R$20. Até mesmo os associados cativos têm a opção agora de comprar entradas por um valor reduzido. A principal mudança foi no setor da Minas Arena, que anteriormente custava R$150 e hoje é comercializado a R$70 para o torcedor comum e R$35 para sócio.

Todas essas medidas não foram em vão. Depois de sete jogos nessas condições, a média de público do Cruzeiro subiu de 13.956 para 32.729 pagantes por jogo no Campeonato Brasileiro. Mesmo com a redução de preços, a arrecadação média da Raposa também aumentou, tamanho foi o crescimento do público. Antes, o clube tinha renda média de R$591.825,04. Agora, arrecada R$991.100,71 por partida.

A redução de preços das modalidades de sócio, anunciada no fim da última semana, também já começou a surtir efeito. Em poucos dias, o Cruzeiro ganhou cerca de 500 associados, depois de longa estagnação.

”Time do povo”

Responsável pelo surgimento do slogan “time do povo” e um dos mentores das ações de aproximação com a torcida, o vice-presidente de futebol Bruno Vicintin acredita que essas medidas funcionarão como uma via de mão dupla, pois ajudarão tanto o Cruzeiro como seu torcedor.

”Além da redução do preço, tem o fato de o sócio poder comprar quatro ingressos. Às vezes ele não tem condição financeira de ter quatro sócios na família. E nós queremos trazer o torcedor para perto”, explica.

”Por que o Cruzeiro nunca caiu? Se você pegar na história, todos os momentos de dificuldade na história, a torcida abraçou, fez o clube sair. A torcida mudou muito nos últimos anos, nos últimos 10 anos. Hoje, é muito respeitada fora de Minas. Eu conversando com o Rafael, que faz parte da comissão do Mano, ele fala que, enquanto ele estava no Flamengo, a torcida do Cruzeiro foi a única que lotou o espaço todo de torcida visitante no Maracanã. De não ter lugar. A torcida é muito respeitada fora, e tem que ser mais respeitada aqui”, completa o dirigente.