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7/11/2015 08:47

Ídolo na Europa, ele anda no iate do presidente e já colocou laxante para pegar técnico ladrão

Ídolo na Europa, ele anda no iate do presidente e já colocou laxante para pegar técnico ladrão
Moisés é ídolo na Croácia e deu uma 'voltinha' no iate presidencial

No futebol é comum realizar churrascos, geralmente no Centro de Treinamentos do clube ou na casa de algum jogador, para "unir a rapaziada", segundo a linguagem boleira. No Rijeka, clube da Croácia, isso foi feito de uma forma muito mais luxuosa: no iate de Damir Miskovic, o presidente bilionário da equipe.

"Um belo dia chegou ele para a gente e disse que ia fazer algo diferente na nossa folga. Ele pegou todo o elenco e nos levou para dar uma volta nas praias próximas à cidade. Era luxuoso demais, nunca tinha visto isso, nem imagino quanto deve custar um iates daqueles, mas deve ser muito caro, vários milhões de euros (risos)", disse o meia brasileiro Moisés, que atua no Rijeka, em entrevista ao ESPN.com.br.

O passeio, com direito a "cervejinha" e belas paisagens, ajudou a equipe a liderar o Campeonato Croata, com 31 pontos, à frente dos tradicionais Dínamo Zagreb e Hajduk Split.

"A equipe vem jogando junta há um bom tempo. Temos uma boa geração e vencemos a Supercopa e a Copa da Croácia. Agora só falta a Liga e esse ano pode escapar. Só depende de nós", afirmou.

Moisés chegou em 2012 ao país e virou ídolo do clube. As boas atuações podem garantir uma convocação para a equipe nacional no futuro, mas antes, ele precisará conseguir o passaporte local. "O futebol é bem estilo europeu, com muita pegada e velocidade. Todos os jogadores ajudam na marcação e a atacar. Me adaptei bem e penso em me naturalizar, defenderia a seleção caso fosse chamado, sem problema algum", analisou.

Nada mal para quem sofreu com o idioma e até passou por uma situação inusitada após operar o menisco do joelho. O camisa 88 tentava explicar, sem sucesso, como estava sua recuperação para a comissão técnica.

"O treinador sempre me perguntava como eu estava. Eu respondia que estava melhor, mas a palavra dor em croata é muito parecida com melhor... Então respondia 'melhor', mas ele entendia que eu estava sempre com dor. Até que o tradutor falou para mim: 'Mas está tudo bem com você? O treinador disse que todo dia você reclama de dor?', mas eu estava dizendo que estava melhor (risos). A gente tenta aprender a língua para se adaptar mais rápido, mas cometi essa gafe (risos)", divertiu-se.

Em um restaurante ele impressionou os croatas e se passou por um glutão, mas sem querer. "Aqui eles comem muita massas e peixes e eu ia com a minha esposa comer fora. Queria pedir um peixe, mas acho que falei alguma coisa errada porque o rapaz trouxe dois peixes gigantes. Deviam achar que éramos uns ogros (risos)", recordou.

'Pegamos o ladrão de comida, mas era o treinador...'

Natural de Belo Horizonte, Moisés Moisés Lima Magalhães começou no Santa Teresa e teve passagem pela base do Cruzeiro antes de se profissionalizar pelo América-MG. Antes de desembarcar no Rijeka, passou por Portuguesa, Sport, Coritiba e Boa Esporte.

Em um dos clubes, que ele preferiu não revelar, resolveu dar um basta numa situação que angustiava os jogadores.

"Sempre sumia um biscoito, um suco e alguma coisa que os jogadores levavam. A gente ficava puto, porque ia lá e não tinha mais nada. Daí um dia eu falei com uns colegas de time assim: ‘Vamos pegar o ladrão'. Resolvemos colocar um laxante no suco e deixar lá na geladeira", relembrou o meia.

O "larápio" não percebeu que o líquido estava "batizado" e caiu na armadilha.

"Passou um tempo e um cara não saía do banheiro, daí fomos dar o flagrante. Só que quando montamos aquela tocaia para ver quem ia sair era ninguém menos do que o treinador do time, ele era o ladrão (risos)", gargalhou Moisés.

O constrangimento gerado pela "pegadinha" foi geral. "Ele não saía de lá o tempo todo. Depois ele negou que estava roubando as coisas, contou uma história que só de vez em quando bebia um suquinho quando estava com muita sede (risos). Tudo isso virou motivo de piada, ficamos meses rindo disso", revelou.

O presidente que conserta "busão"

Quando Moisés atuava no Boa Esporte-MG, relatou que os diretores do clube tinham práticas nada convencionais para segurar a bagunça dos jogadores.

"A concentração parecia um quartel. Eram três irmãos que comandavam o clube, quando eles achavam que estava acontecendo alguma coisa errada ele mandavam trancar todo mundo. Ficávamos o tempo todo na concentração e não podia ir nem na praça tomar sorvete (risos)", afirmou.

Rone, Roberto e Rildo Moraes não apenas comandavam o time de Varginha com firmeza, como também não tinham a menor vergonha de colocar a "mão na massa".

"Uma vez o ônibus quebrou na estrada e eles gostam de fazer tudo dentro do clube. Eles tinham todas as ferramentas e peças. Daí você via o diretor e o presidente embaixo do 'busão' consertando tudo, quem passasse pela rua jamais ia desconfiar quem eram (risos). Era um ônibus velho pra caramba naquela época, mas depois eles compraram um novinho muito bom", disse Moisés.

1761 visitas - Fonte: ESPN




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