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4/11/2015 12:08

Dia dos mortos

"Não poderia deixar de agradecer a receptividade dos nossos rivais regionais em organizar uma festa tão bonita no poliesportivo do Horto para os novos campeões brasileiros"

Dia dos mortos
Falando em nomes, toda vez que vejo o De Arrascaeta em campo, sinto que ele ainda pensa no Uruguai

Para os cruzeirenses, este feriado de Finados foi diferente. Nunca vi tanto cruzeirense alegre. Parecia que éramos mexicanos, em cujo país o Dia dos Mortos tem uma das festas mais animadas. Se por aqui, como católicos, lembramos os mortos de forma silenciosa e saudosista, na terra de Frida Kahlo e Chaves, esse feriado é muito alegre, com os mortos tendo “o direito de visitar os parentes vivos”. Toda essa alegria foi consequência do que aconteceu no horto, mas deixo o comentário para o fim da coluna.

No sábado, tivemos de virar peixes pra jogar num campo que mais parecia um aquário em Florianópolis. Uma vitória que nos colocaria de vez na luta pela Libertadores acabou se tornando um empate com gosto de férias. É por isso que não adianta tentarmos usar o já gasto jargão “Eu acredito”. O nosso jeito de ganhar campeonatos é competência dentro de campo e não tem nada de artifícios sobrenaturais.

Existem aqueles que pensam que o nosso ano acabou e agora é só cumprir tabela. Sou daqueles para quem a esperança é a última que morre. O final feliz ainda não foi totalmente formado. Um time como o do Cruzeiro nunca pode ficar na segunda parte da tabela. Agora é que saberemos quem realmente quer ficar no clube e quem quer sair.

Se o jogo só termina quando o juiz apita, por que achar que o campeonato já acabou faltando cinco rodadas? Existem várias frases de efeito para esse tipo de situação. Uma delas é: Quem morre de véspera é o peru, ou seria o frango? Fui falar com um amigo que ainda acredito na Libertadores por causa do Santos na Copa do Brasil e a resposta que escutei foi curta e grossa: “Você está parecendo atleticano, acreditando em qualquer coisa”.

Já estou começando a pensar na crise de abstinência que terei quando acabar o Brasileirão. Todo ano é assim. Por causa disso, prefiro incentivar o nosso time a ganhar os jogos que faltam. É muito chato quando chegam as festas de Natal e temos de requentar piadas pra conversar com os amigos.

Agora, é hora de começar os testes para o ano que vem. Passamos por uma transição forçada a trancos e barrancos. Que sirva de exemplo para 2016. Falando em nomes, toda vez que vejo o De Arrascaeta em campo, sinto que ele ainda pensa no Uruguai. Quem sabe nesses jogos que faltam ele relaxa e mostra todo o seu belo futebol?

Já estão começando a circular listas de nomes para o ano que vem, com jogadores que estão voltando e saindo. Será que o Neílton emplaca dessa vez?

Não poderia deixar de agradecer a receptividade dos nossos rivais regionais em organizar uma festa tão bonita no poliesportivo do Horto para os novos campeões brasileiros. Nem o mais apaixonado cruzeirense imaginou tanta generosidade com o Corinthians. O Brasil inteiro estava com suas TVs ligadas e assistindo ao espetáculo. Achei muito criativo entregar o título em BH, senti de certa forma que fomos homenageados com o resultado. O Cruzeiro às vezes nos deixa triste, mas o outro lado da Lagoa nunca nos decepciona.

1062 visitas - Fonte: superesportes




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