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28/10/2015 13:46

Quarta Lei de Newton: O Cruzeiro é 'incaível'

Quarta Lei de Newton: O Cruzeiro é incaível
Faltando seis rodadas para o término deste campeonato brasileiro, já é possível constatar um fenômeno que por sua incrível constância e ciclicidade já poderia ser considerado como mais uma lei de Newton, pois, tal como as três primeiras, essa nova quarta também constitui a base primária para a compreensão dos comportamentos dos corpos materiais, neste caso Cruzeiro e, por que não?, Mineiro de Vespasiano. Se o primeiro nunca cai, o segundo nunca vence. E assim caminha a humanidade, desde seus primórdios até o fim dos tempos.


Vejam bem, catástrofes acontecem. Em torneios de tiro curto, por exemplo, onde ao campeão é suficiente ganhar um punhado de jogos e refletores podem apagar inexplicavelmente, as possibildades de uma zebra acontecer são grandes, e até mesmo clubes sem muita tradição e pouco conhecidos ao grande público podem faturar a taça mais desejada do certame continental. Se não fosse pelo Ronaldinho Dentuço, desavisados que pouco acompanham o futebol na América do Sul ainda estariam em dúvida sobre o país origem daquele time preto e branco, ficando na dúvida entre Paraguai (quase isso) ou Ecuador.


Mas a história muda quando o campeonato é por pontos corridos, onde as surpresas são minimizadas e prevalecem outras qualidades, como regularidade e organização e o Cruzeiro é um case a ser estudado e prifundamente analisado por aqueles que desejam se tornar campeões. E pelo visto, o Mineiro de Vespasiano, embebido de ódio e inveja pelo primo mais vitorioso e mais bem sucedido, tem propositalmente faltado a várias aulas. Não julgo, afinal não deve ser fácil ver o primo mais novo crescer em tamanho e prestígio e desbancar aquele que era considerado o time mais fodão de Minas nos tempos em que as pessoas ainda se locomoviam de bonde e os estudantes se reuniam em coretos para jogar conversa fora.


Por isso, pouco importa se são oito, cinco ou dois pontos do segundo para o primeiro colocado. Este campeonato já tem seu vencedor. E não sou eu quem diz isso, é a quarta lei de Newton que nos explica como este mundo funciona.

Ela também afirma que o Cruzeiro não cai. E se algo der muito errado e o Cruzeiro estiver próximo da queda, um fenômeno surge de última hora para evitar tamanho paradoxo. Nem preciso explicar para vo(seis), a história todo mundo já conhece.

Apesar de ser o atual bicampeão brasileiro, o Cruzeiro tem flertado bastante com a temida zona do rebaixamento. A chegada do Mano e o apoio maciço da torcida, o Time do Povo parece ter reencontrado o caminho das vitórias e já mira objetivos audaciosos: uma das vagas no G4. Feito improvável, seja dita a verdade! Afinal são seis pontos (menos que a diferença entre o vice e o líder, diga-se), mas há uma pancada de times pela frente. Não depende só de nós.


O cruzeirense é basicamente um povo realista. Evita se iludir ou viver mundos paralelos, até porque a realidade tem sido muito generosa com o povo azul. Mas saibam os jogadores que a torcida apoiará e cantará o tempo inteiro; assim como tem feito nos momentos difíceis, também o fará para alcançar tal proeza. E se a vaga não vier, aplaudirá o esforço, porque sabe que 2016 promete. Mano conseguiu dar um padrão tático eficiente ao time, recuperou a auto-estima de jogadores e trouxe à Toca rajadas de esperança renovada. Bruno Vicintin e Thiago Scuro conseguiram rejuvenecer departamentos altamente estratégicos e já colhem frutos da campanha Time do Povo, que trouxe à tona uma característica que se perdeu no tempo, de um clube de origem operária e que hoje conta com uma torcida gigantesca, de todas as cores e condições sociais.


Se o Cruzeiro se classifica ou não para a Libertadores, sinceramente não sei. Só sei que nunca cai. E isso merece virar lei de física.

29385 visitas - Fonte: ESPN




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