Dá até vontade de fazer nova promessa. A do rebaixamento já perdeu a validade. Eu diria que essa classificação seria bem-vinda e dedicada ao Matheus, na sua luta pela vida.

Estas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro significam muito ou absolutamente nada pra nós. Estamos numa luta solitária em busca de algo que muitos dizem ser impossível. Pode significar um aumento no faturamento do ano que vem ou uma debandada de jogadores, buscando disputar títulos importantes por outros times. Mas pode nos trazer algo que neste momento seria até melhor do que mais uma conquista nacional. Qual o sentido em buscar a classificação para a Libertadores? Nas estatísticas atuais, somos praticamente um traço. Mas, se o futebol fosse tão matemático, com certeza não seríamos tão apaixonados por ele.

Não quero ficar olhando para a tabela e ficar comparando resultados. O que importa é ganhar os jogos e só depois se preocupar com os outros times. Seria muito complexo e tenso ficar administrando combinações de resultados. Quem gosta de sofrer normalmente veste camisa listrada de preto e branco. Coisa que definitivamente não é o nosso caso. Dá até vontade de fazer nova promessa. A do rebaixamento já perdeu a validade. Eu diria que essa classificação seria bem-vinda e dedicada ao Matheus, na sua luta pela vida.

Encontrei o Erni, da Adega do Sul, e ele também é dos que acreditam na classificação. Usando um termo bem atual, eu diria que estamos viralizando a ideia e isso vai acabar acontecendo. Temos um grande aliado no momento: a tranquilidade e o efeito surpresa em busca de algo impossível há pouco tempo. Não temos a obrigação, mas seria maravilhoso se acontecesse. Se teremos quatro ou cinco vagas, agora pouco importa. Um fim de ano com o moral elevado é o mais importante agora.

No domingo, haverá no ginásio do Horto um jogo do Corinthians contra os nobres do Bairro de Lourdes. Estão forçando manchetes chamando a partida de “jogo do ano”. Parem com isso, que preguiça! O campeonato já está decidido, e tem gente que ainda está acreditando em fada, Saci Pererê e Branca de Neve.

Alguém terá a árdua tarefa de contar a verdade para os nossos rivais regionais. Isso lembra os tempos de criança, quando recebemos a notícia de que bicho-papão e mula sem cabeça não existem. Será que alguém poderia mandar um email para a turma de Vespasiano avisando que o título, depois de dois anos em terras mineiras, mudará seu endereço para São Paulo?

O Goiás já foi. Agora, teremos de surfar sobre o Avaí na bela Floripa. Já somos um time estrelado, e por ora eu diria que os astros estão conspirando a nosso favor. Vamos fazer uma força mental para mais uma vitória fora de casa. Até que enfim, largamos a 13ª colocação. Número 13 dá azar. Sai pra lá, uruca. Quero ver o nosso time pegar fogo. Tá na hora. Estou esperando o meu presente de Papai Noel: Libertadores do ano que vem e um frango assado no Natal.