Osvaldo Torres, Eduardo Maluf e Thiago Scuro comentaram sobre tabela da Primeira Liga em 2016
A organização da Primeira Liga divulgou, na tarde dessa segunda-feira, depois de inúmeras reuniões Brasil afora, a primeira versão de tabela da competição. Marcada para começar em 27 de janeiro, o torneio tem seis datas previstas, o que representa aos clubes que chegarem à grande decisão mais cinco jogos no já inchado calendário brasileiro.
Ouvidos pelo Superesportes, responsáveis pelos departamentos de futebol de América, Atlético e Cruzeiro comentaram sobre adversários, a dura série de jogos no primeiro trimestre de 2016 e a necessidade de elencos numerosos para enfrentar até três competições paralelamente – Campeonato Mineiro, Primeira Liga e Copa Libertadores – sem perder a qualidade do jogo.
"O Flamengo, além do jogo, é um rival interessante em questão de valorização da marca", disse Torres
OSVALDO TORRES, diretor de futebol do América
Como avalia o grupo do América (Atlético, Flamengo e Figueirense) e os adversários na Primeira Liga?
A tabela, como esperávamos, é bem difícil. Será uma disputa bem acirrada. O Atlético muito forte, o Flamengo, além do jogo, é um rival muito interessante até em questão de valorização da marca. E o Figueirense, que tem tradição, disputa a Série A há alguns anos. De toda forma, não escolhemos adversário e disputaremos o torneio com muito afinco.
Se chegar às finais, o clube terá aumento de cinco jogos no calendário já inchado. Pensam em preparação diferenciada?
Vamos fazer uma preparação de acordo com o calendário. Temos a pré-temporada para isso e estamos planejando o ano com base nesse novo calendário. É importante participarmos dessa disputa. A questão do calendário inchado é uma discussão longa, que deve ser feita de forma mais técnica e menos apaixonada.
O elenco precisará estar ainda mais reforçado com uma competição a mais no calendário?
Ainda vamos discutir sobre elenco. Estamos em um final importante de Série B, hoje temos jogo importante contra o Boa. Por enquanto, nosso pensamento é apenas em 2015.
Qual a importância da criação deste torneio?
Esse torneio é muito importante, uma nova realidade que pode ser vista no futebol brasileiro. Estamos animados.
"A princípio, ao invés de 30 jogadores no grupo, vamos ampliar para 38", revelou Eduardo Maluf
EDUARDO MALUF, diretor de futebol do Atlético
Como avalia o grupo do Atlético (América, Figueirense e Flamengo) e os adversários na Primeira Liga?
Ainda não avaliei. Viajei, estava fora. Agora que vou conhecer a tabela.
Se chegar às finais, o clube terá aumento de cinco jogos no calendário já inchado. Pensam em preparação diferenciada?
Com certeza teremos um elenco maior. Já conversei com o Levir. A princípio, ao invés de 30 jogadores no grupo, vamos ampliar para 38 atletas em 2016.
Como lidar com a disputa de duas competições – até três, com a Libertadores –, com longas viagens e pré-temporada recém-finalizada?
Com elenco de 38 jogadores não acredito que teremos problema. Tem como fazer direito, usar o time sub-20 em algumas ocasiões. São apenas cinco datas da Sul-Minas-Rio, acho que dá para resolver sem muitos problemas com esse elenco um pouco maior.
Qual a importância da criação deste torneio?
É um primeiro passo para criação de uma Liga Nacional. É a primeira competição onde se tem a independência da CBF, em que você coordena, você organiza, você faz o torneio. Enxergo uma série de aspectos positivos na criação da Primeira Liga.
"A projeção é que tenha uma redução no elenco para o próximo ano", planejou Thiago Scuro
THIAGO SCURO, diretor de futebol do Cruzeiro
Como avalia o grupo do Cruzeiro (CAP, Fluminense e Criciúma) e os adversários na Primeira Liga?
É muito bom ter uma competição desse nível técnico, independentemente do grupo, todas as equipes enriquecem muito, para o torcedor, imprensa, atletas e para o nosso trabalho. Com relação ao nosso grupo, muito respeito por todos os adversários. É uma competição que trataremos com muito cuidado.
Se chegar às finais, o clube terá aumento de cinco jogos no calendário já inchado. Pensam em preparação diferenciada?
O ponto chave disso é que os atletas que tenham muita confiança, independentemente do número de jogadores. Independentemente da Liga, temos a competição nacional, o estadual e são todos muito importantes.
O elenco precisará estar ainda mais reforçado com uma competição a mais no calendário?
Não. Na verdade, hoje temos 40 jogadores. A projeção é que tenha uma redução no próximo ano, para que tenhamos aproveitamento melhor de todos os jogadores. Também para abrir espaço para o trabalho de formação do clube. O fato de a Liga ser criada não altera muito o que a gente vem planejando.
Como lidar com a disputa de duas competições – até três, se chegar a Libertadores –, com longas viagens e pré-temporada recém-finalizada?
Na minha concepção, é ter muita qualidade no trabalho, ter profissionalismo com o processo. Planejar tudo com muito cuidado e dividir, ao máximo, a responsabilidade com os jogadores.