11/9/2015 12:05
Oficial: chegou a hora da torcida carregar o time
Paixão que vem de berço: o garotinho já nasceu campeão, mas já aprende desde cedo o que é amar e lutar pelo Cruzeiro
Já se passaram oito meses e o que mais o Cruzeiro fez em 2015 foi (1) se chatear e (2) reclamar. O disco precisa ser virado, pois o momento mais importante do ano chegou.
Nas próximas cinco rodadas, o Cruzeiro fará quatro jogos no Mineirão, sendo um clássico regional (Atlético/MG), um franco atirador (Vasco), um adversário direto (Coritiba), e um time que luta pelo título (Grêmio). No meio uma batalha em “território inimigo”, contra a Chapecoense.
Tudo bem que se perdeu muito tempo com Vanderlei Luxemburgo no comando da equipe. Se regrediu dois meses e meio com um desempenho pífio de um treinador ultrapassado. Uma jornada razoável nesse período de Luxemburgo garantiria ao menos um estágio mais tranquilo neste momento. Mas, como disse, chega de reclamar.
O Cruzeiro precisa de sua torcida. Ao longo das décadas, foram diversas as demonstrações históricas de sinergia entre time e torcedor, que fizeram o clube ser campeão de muita coisa e escapar de diversos perrengues. Tanto que, além de ser o time do estado que mais conquistou títulos, é o único que nunca caiu. E, por mais que adversários sequem, torçam e tornem isso o maior sonho de suas vidas, numa tentativa afoita de abafar suas próprias incompetências e vexames históricos, o Cruzeiro não cairá.
Mas, para isso, o Cruzeiro e o cruzeirense precisam olhar para seu próprio umbigo. Embora com ânimo renovado e duas boas vitórias na semana passada, a derrota para o Flamengo é uma demonstração clara de que o choque de realidade ainda ronda a vida do cruzeirense a todo momento.
Não existe tempo para lamentações, para reclamar de pênalti absurdo não dado, da inoperância do ataque ou das desatenções defensivas. O Cruzeiro e o cruzeirense precisam vivenciar e respirar sempre o jogo seguinte. E o embate seguinte da nação celeste é o clássico. Com certeza, o Mineirão estará colorido de azul e movido pela fé. Uma fé que independe de crença ou religião, mas sim que une o cruzeirense em prol do Cruzeiro.
Mesmo com a derrota para o Flamengo, existe a esperança de evolução neste momento complicado. Por mais que o termo não seja bem visto numa época em que o ser humano se lixa para o seu semelhante, o Cruzeiro terá que batalhar sua própria “guerra” insana nas próximas cinco batalhas.
Reclamar, cornetar e lamentar não ajudarão o Cruzeiro nessa “guerra”. O momento é de união, apoio, positividade e fé. Apesar de delicada, esta não é a situação mais crítica que o Cruzeiro se encontra em sua história. Lá nos anos 50, o clube quase fechou. Nos anos 80, viveu um período ingrato. Em anos como 1994 e 2001, passou por situações desconfortáveis parecidas dentro de campo. Em 2011, do inferno ao céu em seis atos.
O lugar do cruzeirense nas próximas semanas é o Mineirão. Independente dos resultados. Chegou a hora da torcida vestir e envergar o manto azul, apoiar até o último minuto, gritar o mais alto que puder. Chegou a hora de separar os homens dos meninos. Dentro e fora de campo.
Vá ao Mineirão e lute com o Cruzeiro. Pelo Cruzeiro.
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