Leandro Damião comemora gol contra o Villa Nova (Foto: Cristiane Mattos / Futura Press)

O estilo de jogo do Cruzeiro bicampeão brasileiro mudou. Com a saída de jogadores como Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Lucas Silva, o time ganhou mais força física e perdeu em técnica. No início, a equipe tem insistido muito na bola área, apesar de ter um aproveitamento muito menos do que o da última temporada. As jogadas ofensivas buscam, principalmente, o atacante Leandro Damião, geralmente pelo alto. Nos últimos três jogos, o Cruzeiro alçou um grande número de bolas na área, mas fez apenas um gol neste tipo de jogada - com Arrascaeta, diante do Villa Nova.

Leandro Damião marcou contra o Atlético-MG, em bola rolando, e também diante do Villa Nova, cobrando um pênalti. O atacante acredita que a bola aérea é uma arma muito importante, mas alerta que o time celeste precisa construir um repertório versátil de jogadas. Ele acredita que o Cruzeiro deve treinar mais jogadas pelo chão para aumentar o número de gols na temporada.

- O grupo tem que ter essa versatilidade. Não adianta pensar que. só com a bola aérea. a gente vai vencer. No jogo contra o Huracán, a gente tentou muita bola aérea, e ela não entrou. No jogo contra o Atlético-MG também. E a única jogada de pivô que a gente fez entrou. Às vezes, o jogo pode ser decidido na bola no chão.

Em oito partidas oficiais, foram três gols de cabeça. Na temporada passada, nos primeiros oito compromissos, a rede foi balançada sete vezes em jogadas pelo alto. Em 2015, o Cruzeiro até marcou mais gols que em 2014 (foram 13 gols em oitos jogos, este ano, contra 12 na última temporada).

Nova estratégia

Leandro Damião conta que o novo estilo de jogo do Cruzeiro tem sido trabalho pelo treinador Marcelo Oliveira durante o começo da temporada. Apesar do técnico trabalhar muito o chuveirinho na Toca da Raposa, o atacante acredita que a jogada de pivô também pode ser uma ótima alternativa para os outros jogadores de frente da Raposa.

- Acho que este perfil tem se desenhado. Os laterais têm chegado bastante, isso é um pedido do Marcelo, são jogadores muito ofensivos, que chegam bastante. Também tem a jogada por dentro, que é a do pivô, que é uma jogada que eu sempre fiz nos outros clubes. É uma jogada que o Marcelo pede muito. Isso ajuda muito também os jogadores que vem de trás. Da segurança de saber que tem um jogador que vai segurar a bola ali na frente.