A organizada do Cruzeiro, alvo de emboscada no domingo, no interior de São Paulo, está proibida de frequentar os estádios dentro do Brasil. O banimento, válido até 2028 e que foi recomendado pelo Ministério Público de Minas Gerais em 2022, teve sua pena aumentada após uma briga entre integrantes de organizadas de Atlético-MG e Cruzeiro em março deste ano.
A briga que gerou a proibição foi recomendada após a morte de um torcedor cruzeirense durante um confronto na região do Barreiro, em Belo Horizonte. A decisão "proíbe o uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou seus respectivos entornos nos dias de jogos."
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Mesmo com a determinação, que foi aceita e publicada pela Federação Mineira de Futebol, a torcida segue frequentando os estádios, sem o impedimento das autoridades. Pelas redes sociais, integrantes aparecem em jogos em BH e fora do estado de Minas Gerais.
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Em 2023, homens vestiram camisas que representavam a Máfia Azul durante o jogo entre Cruzeiro e Fortaleza, na Arena Castelão. Na ocasião, torcedores celestes estavam proibidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva de ir a jogos, como punição pela briga com torcedores do Coritiba.
Não é de hoje que as organizadas são banidas dos estádios. Em 2021, após uma emboscada de cruzeirenses contra um ônibus do transporte público de Belo Horizonte, um torcedor atleticano morreu e a organizada acabou punida. Em 2022, essa mesma torcida se envolveu em uma emboscada contra torcedores do Palmeiras, na Fernão Dias. O MPMG também os baniu na época do ocorrido.
Uma emboscada de torcedores de organizadas do Palmeiras contra os do Cruzeiro - envolvendo cerca de 150 pessoas, pedaços de madeira e fogo - deixou uma pessoa morta e outras 17 feridas na madrugada deste domingo em Mairiporã, segundo autoridades policiais. Todas as vítimas são cruzeirenses, de acordo com a polícia, e ao menos dois ônibus da torcida do time mineiro foram atingidos, sendo que um foi incendiado.
Por envolver torcidas organizadas ligadas a clubes de futebol, a investigação será feita pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), na capital paulista. A vítima fatal foi José Victor Miranda, de 30 anos. Ele era membro da torcida organizada Máfia Azul de Sete Lagoas, na região central mineira. O cruzeirense teve a morte confirmada ao dar entrada Hospital Anjo Gabriel em Mairiporã e deixa um filho de 7 anos.
O Cruzeiro, por meio das redes sociais, repudiou as cenas violentas que aconteceram entre os torcedores. O time ainda afirmou que "não há mais espaço para violência no futebol." O Palmeiras pediu apuração dos fatos e punição aos envolvidos. A FMF repudiou os atos e desejou recuperação às pessoas feridas. Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv