11/8/2014 11:57
OFF - Mesmo com Robinho, péssima audiência de Santos e Corinthians frustra a Globo
Telespectador tem se afastado cada vez mais das transmissões de futebol da emissora
Globo teria apressado papelada para Robinho jogar clássico
Djalma Vassão/Gazeta Press
A crise de audiência que a Globo está enfrentando nas transmissões de futebol após a Copa do Mundo parece não ter fim. Para o último fim de semana, a cartada da emissora para melhorar os números ficou em torno da reestreia de Robinho pelo Santos, no clássico contra o Corinthians na Vila Belmiro.
No entanto, os resultados finais do confronto quebraram a cara da Globo mais uma vez. Com apenas 16 pontos, três a mais do que no fim de semana anterior, quando o Corinthians jogou com o Coritiba fora de casa, nem mesmo a volta do Rei das Pedaladas privou a emissora da frustração. Em São Paulo, cada ponto na audiência equivale a 62 mil domicílios sintonizados.
As quedas consecutivas são alarmantes e só pioraram no último domingo. Assim como em jogos com menos apelo, o clássico na Vila Belmiro não conseguiu atrair um bom número de telespectadores, mesmo com muitas condições favoráveis: horário bom, dia de descanso do trabalhador, clima frio — que deixa as pessoas em suas casa — e o brilho de Robinho.
O golpe é só mais um sofrido pela Globo nas últimas semanas. Na sexta-feira (8), o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, resolveu soltar o verbo e criticar a divisão de cotas de televisão dada pela emissora aos times grandes, que, com a extinção do Clube dos 13, negociam diretamente os valores que receberão.
Segundo Kalil, Flamengo e Corinthians são muito favorecidos e esse é um dos motivos da queda brusca na audiência, que antes tinha média de 25 pontos em jogos de futebol. O dirigente do Galo se apegou na final da Libertadores de 2013, quando o time foi campeão, para justificar seu ponto de vista — a partida foi a mais assistida na televisão no ano passado.
Também ouvido pelo R7, o treinador René Simões acredita que Kalil pouco pode fazer, pois os clubes estão na mão da Globo e da CBF.
— Não há nada que os clubes possam fazer se não for através da CBF. A Fifa é muito forte nisso. Não há como os clubes se rebelarem, porque a partir do momento que os clubes se rebelarem e a CBF comunicar isso a Fifa, ela tem ferramentas, mecanismos, que podem desfiliar a federação e os jogadores todos ficarem com passes livres e aí acaba com os clubes.
Desesperada com os resultados negativos, a Globo chegou até a cogitar uma pressão na CBF para que as disputas com mata-mata voltem ao Brasileirão. De acordo com a emissora, o formato traz mais emoção e aumenta o número de telespectadores.
2067 visitas - Fonte: R7