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13/12/2025 04:23

Ídolo eterno: a curiosa passagem de Garrincha por Cruzeiro e Corinthians

Cruzeiro e Corinthians se enfrentam na Copa do Brasil, em um duelo que cruza a história dos clubes com Mané Garrincha. Relembre as passagens curiosas do ídolo pelo futebol brasileiro.

Ídolo eterno: a curiosa passagem de Garrincha por Cruzeiro e Corinthians

Cruzeiro e Corinthians se preparam para o jogo de volta da Copa do Brasil, mas o confronto entre dois multicampeões nacionais carrega uma curiosa interseção histórica com um dos maiores nomes do futebol mundial: Mané Garrincha. Ídolo eterno do Botafogo e da Seleção Brasileira, o ponta-direita também teve passagens, ainda que pontuais, pelos dois clubes que se enfrentam na competição.





Garrincha vestiu a camisa do Corinthians em 1966, em uma tentativa ousada da diretoria alvinegra de encerrar um jejum de títulos que já durava 12 anos. À época, o craque era bicampeão mundial com a Seleção (1958 e 1962) e chegava cercado de enorme expectativa. No entanto, a passagem pelo clube paulista foi breve e pouco marcante: apenas dois gols em uma temporada. Curiosamente, o primeiro deles foi justamente contra o Cruzeiro, em 13 de março de 1966, na vitória por 2 a 1 no Mineirão. Seis dias depois, Garrincha ainda marcaria contra o São Paulo, encerrando ali sua curta trajetória com a camisa corintiana.





A contratação foi uma aposta direta do então presidente do Corinthians, Wadih Helou, mas o projeto não atingiu o objetivo esportivo esperado. Apesar do peso histórico do nome, Garrincha deixou pouca saudade no Parque São Jorge, encerrando sua passagem sem títulos e com participação discreta em campo.



Cruzeiro por um dia. Já no clube mineiro, Garrincha teve uma história ainda mais inusitada. Após encerrar oficialmente a carreira no Olaria, passou a rodar o país disputando amistosos festivos. Em 1973, acabou atuando pelo Cruzeiro em uma partida comemorativa contra o Democrata de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais. Inicialmente, ele jogaria pelo time adversário, mas uma decisão inesperada mudou o roteiro.



O técnico do Democrata anunciou, na véspera do jogo, que não escalaria Garrincha por ele não ter participado de nenhum treino. Diante do impasse, os organizadores decidiram encaixá-lo no time misto do Cruzeiro. “Garrincha me perguntou o que era para fazer em campo. Disse pra ele jogar tranquilamente. Dei a camisa do Cruzeiro para ele, que atuou bem. Ele era muito humilde”, relembrou o então treinador cruzeirense Benecy Queiroz.



O craque entrou em campo no estádio Mammoud Abbas vestindo inicialmente a camisa da Seleção Brasileira, sendo ovacionado. No entanto, ao trocar o uniforme e aparecer com a camisa celeste, ouviu vaias de parte da torcida, surpresa com a mudança. Garrincha atuou apenas no primeiro tempo e não marcou gols naquele jogo.




Garrincha atuando em amistoso festivo antes do fim da carreira
Fonte: s01.video.glbimg.com




Garrincha com a camisa do Corinthians em 1966
Fonte: Arquivo Corinthians




Garrincha entrega réplica da camisa da Seleção Brasileira
Fonte: Arquivo pessoal / Luizinho Alves




Garrincha foi o grande destaque da Seleção Brasileira em 1962
Fonte: Agência Estado



A história de Garrincha vai muito além dessas passagens pontuais. Ídolo do Botafogo, o ponta-direita irreverente encantou o mundo com seus dribles desconcertantes e dividiu o protagonismo da Seleção Brasileira com Pelé. Com os dois juntos em campo, o Brasil jamais perdeu uma partida. Garrincha disputou 60 jogos pela Seleção, com 52 vitórias, sete empates e apenas uma derrota, marcando 17 gols, cinco deles em Copas do Mundo.



No Mundial do Chile, em 1962, foi um dos grandes heróis do bicampeonato, anotando quatro gols decisivos: dois nas quartas de final contra a Inglaterra e dois na semifinal diante dos anfitriões. Garrincha faleceu precocemente aos 49 anos, em 20 de janeiro de 1983, vítima de cirrose hepática, deixando um legado eterno na história do futebol brasileiro.




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51 visitas - Fonte: Cruzeiro Web




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