A Mancha Alviverde, conhecida nacionalmente como Mancha Verde, admitiu oficialmente que integrantes da torcida participaram da emboscada que resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro no ano passado. Em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Mairiporã (SP) e o GAECO, a agremiação reconheceu que “os fatos foram planejados, organizados e executados por membros da torcida” e prometeu encerrar definitivamente qualquer prática semelhante.
O acordo, assinado por André Guerra, presidente da Mancha, não isenta os envolvidos de responsabilidade civil e criminal. Os processos seguem em andamento na Vara do Júri de Mairiporã. Entre as condições impostas, está o pagamento de R$ 2 milhões em indenizações às vítimas e familiares do ataque, parcelados ao longo de 60 meses. O compromisso também viabiliza o retorno da torcida aos estádios, desde que cumpra todas as exigências do Ministério Público.
O TAC determina que R$ 1 milhão será pago aos herdeiros de José Victor Miranda, torcedor cruzeirense morto na emboscada. Outros R$ 200 mil irão para a empresa dona do ônibus incendiado, e R$ 250 mil ao Fundo Municipal de Segurança de Mairiporã. As demais vítimas poderão pleitear valores que variam entre R$ 20 mil e R$ 80 mil, conforme a gravidade dos ferimentos. Os pagamentos só começarão após homologação do TAC pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo.
Para manter seu funcionamento, a torcida organizada precisará seguir uma série de obrigações administrativas. A Mancha deverá manter um cadastro completo e atualizado de todos os associados, incluindo nome, CPF, telefone e foto, com envio semestral à Federação Paulista e à promotoria de Mairiporã. Além disso, todos os deslocamentos e comboios — como viagens para jogos — deverão ser comunicados previamente à Polícia Militar e à Polícia Rodoviária Federal.
O TAC também proíbe que a torcida se envolva novamente em episódios de violência. Caso ocorra qualquer novo ato planejado ou executado por um grupo expressivo de associados, a Mancha Verde será suspensa por dois anos. A entidade também deverá adotar ações permanentes de promoção de cultura de paz entre torcedores e clubes rivais.
Em nota oficial, a torcida afirmou que o retorno aos estádios marca “uma nova era, mais consciente e mais estruturada”. A Mancha declarou ter passado por “um período de profunda reflexão e reestruturação” e reiterou o compromisso com a sociedade, com o Palmeiras e com as famílias das vítimas. “Nos solidarizamos com todos os afetados e reforçamos nosso desejo de que a violência jamais volte a manchar o futebol brasileiro”, diz o comunicado.
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O episódio ainda ecoa entre torcedores do Cruzeiro, que pedem mais rigor e fiscalização para evitar que cenas de violência voltem a acontecer. Apesar do acordo, o sentimento é de indignação e desconfiança sobre o real comprometimento da torcida em mudar sua conduta.
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- As torcidas organizadas deveriam ser banidas definitivamente dos estádios?
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