Cruzeiro cobra CBF após nova polêmica de arbitragem e lista sete jogos com erros no Brasileirão

O Cruzeiro voltou a pressionar publicamente a arbitragem do Brasileirão 2025 depois do empate em 0 a 0 contra o Palmeiras, no Allianz Parque. O clube considera que houve erro grave ao não expulsar Gustavo Gómez após entrada dura em Wanderson ainda no primeiro tempo. Mesmo com recomendação do VAR para revisão, o árbitro manteve apenas o cartão amarelo para o zagueiro palmeirense.

Segundo a diretoria celeste, esse jogo entra em uma lista de sete partidas do Campeonato Brasileiro nas quais o Cruzeiro entende ter sido prejudicado em lances capitais. A revolta já chegou à cúpula do clube: o presidente Pedro Lourenço e o vice Pedro Júnio vêm acompanhando cada episódio de perto e já levaram reclamações diretamente ao presidente da CBF, Samir Xaud.

Para tratar oficialmente do tema, o Cruzeiro contratou o ex-árbitro Leonardo Gaciba, que agora atua internamente para analisar os lances e dialogar com a CBF em nome do clube. A ideia é documentar todos os casos e exigir postura da entidade.

No entendimento do Cruzeiro, os erros começaram ainda no primeiro turno. Contra Internacional e Vitória, a diretoria alega que expulsões claras de Jonathan Jesus e Eduardo não foram aplicadas corretamente. Já diante do Atlético-MG, a revolta foi dupla: o clube afirma que houve pênalti de Lyanco em Fabrício Bruno não marcado e que Júnior Alonso deveria ter sido expulso. O zagueiro, inclusive, foi substituído logo após o lance.

Outra reclamação forte veio na derrota por 2 a 1 para o Santos, no Mineirão. O Cruzeiro contesta o gol de Kaio Jorge que foi anulado após revisão do VAR, que apontou falta de Matheus Pereira na origem da jogada quando o placar ainda estava empatado em 1 a 1.

No começo do returno, o empate em 1 a 1 com o Mirassol também gerou indignação. O clube mineiro afirma que houve um pênalti por toque de mão que não foi assinalado pela arbitragem. O episódio desencadeou uma forte declaração pública do vice-presidente Pedro Júnio, ainda em agosto:

“Esperamos mudança de postura. Não queremos ser beneficiados, queremos uma arbitragem justa para todos. Se tiver que vir falar em todas as rodadas, vamos nos posicionar. Não vamos nos calar diante de tantos lances, em tantos jogos.”

Mais recentemente, além da partida contra o Palmeiras, o Cruzeiro cita prejuízo em duelos com Atlético-MG e Flamengo. Contra o Galo, o clube afirma que o escanteio que originou o gol de empate foi mal marcado. Já diante do Flamengo, a bronca é por uma possível expulsão de Alex Sandro, que teria deixado de receber o segundo amarelo após entrada em Kaio Jorge.

Lances reclamados pelo Cruzeiro

• Internacional 3 x 0 Cruzeiro – expulsão de Jonathan Jesus: Cruzeiro diz que o vermelho foi aplicado de forma exagerada.


• Vitória 0 x 0 Cruzeiro – entrada de Eduardo: clube entende que o adversário deveria ter sido expulso.


• Cruzeiro 0 x 0 Atlético-MG – pênalti de Lyanco em Fabrício Bruno não marcado e cartão vermelho não dado a Júnior Alonso.


• Cruzeiro 1 x 2 Santos – gol de Kaio Jorge anulado após revisão do VAR por suposta falta de Matheus Pereira.


• Mirassol 1 x 1 Cruzeiro – pênalti por toque no braço não marcado no início do jogo.


• Atlético-MG 1 x 1 Cruzeiro – escanteio que gerou o gol de empate do rival seria irregular, segundo o clube.


• Palmeiras 0 x 0 Cruzeiro – falta dura de Gustavo Gómez em Wanderson; Cruzeiro pede vermelho direto, árbitro dá amarelo.

Para a diretoria celeste, o padrão se repete: lances decisivos, sempre contra o Cruzeiro, em jogos que impactam diretamente a briga pelo topo da tabela. Atualmente, o time é terceiro colocado e segue na luta pelo título do Brasileirão.

Internamente, a ordem agora é clara: registrar tudo, pressionar a CBF e não deixar mais nada passar em silêncio.