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16/8/2025 04:07

De Pai Árbitro a Artilheira: História de Superacação de Penélope Charmosa no Futebol

De Pai Árbitro a Artilheira: História de Superacação de Penélope Charmosa no Futebol

Filha de árbitro assistente - ou o famoso bandeirinha - e de uma aspirante a jogadora de futebol. É nessa família que respira esporte que Letícia Ferreira nasceu. Da comunidade do Jaraguá, em São Paulo, para o Cruzeiro , em Belo Horizonte, a Penélope Charmosa cruzeirense, que ama um rosa, mas idolatra agora o azul, é o destaque das Cabulosas na campanha histórica do time no Brasileirão Feminino. + ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp! ge\xa0Cruzeiro\xa0debate empate do Feminino e jogo decisivo com o Bragantino Mais notícias do Cruzeiro Além do Gabigol: saiba quem também pode reforçar o Cruzeiro em 2025 Perto do Cruzeiro, Sinisterra teve seis lesões em três temporadas na Inglaterra Marcelo e Elisangela são a base dos três filhos. Todos com iniciais de "L": Leonardo, Lucas e Letícia. Por isso, inclusive, que a artilheira comemora sempre fazendo um L com as mãos. Eles tinham em comum o sonho de serem jogadores de futebol, mas foi com a atacante que o desejo de família se realizou. - Eu gosto da resenha, eu brinco com eles (irmãos) que se eles tivessem um pouco do meu futebol, eles teriam conseguido a carreira de jogador - brincou. - Brincadeiras a parte, chega a ser engraçado mesmo. Todo mundo me pergunta como é ter dois irmãos, ser a única mulher e ser atleta, mas é aquilo, os planos de Deus a gente não entende. Hoje meus irmãos criaram família, têm filhos, seguiram outras profissões, mas eles me deram muito incentivo, muito apoio para estar aqui. A infância de Letícia representa a de muitas meninas que tem irmãos. Ainda pequena, acompanhava Lucas e Leonardo pelos bairros de São Paulo para jogar bola, eles jogando e ela assistindo. Foi na escolinha social Meninos das Nações, que, finalmente, ela conseguiu ser abraçada e começou o caminho como atleta. - A minha infância é parecida com a de muitas. A única menina jogando no meio de um monte de homem. Sou de São Paulo, Jaraguá, uma comunidade. Cresci lá, desde que me conheço por gente, sou do Jaraguá, e foi lá na comunidade que comecei a jogar. - Sempre assisti meus irmãos jogarem. Meus irmãos jogavam na escolinha e eu ia assistir. Quando eu completei seis anos, eu era a única menina da escolinha e eu chorava que via meus irmãos jogando e eu não podia jogar. Uma porque eu era menina e outra porque eu era pequena e lá era escolinha só de meninos. Até que a gente conseguiu que eu entrasse na escolinha e comecei lá. Letícia nunca se esqueceu do projeto social que a deu a primeira oportunidade. Sempre se faz presente no bairro e na escolinha, além de ainda lembrar de quem deu as primeiras oportunidades e a descobriu para o futebol. - Tenho dois treinadores que estão marcados. O primeiro é o Ivan, da escolinha (no Jaraguá). Ele esteve comigo desde os meus seis anos, no início da minha trajetória e o Vagnão, do Tiger, que comecei desde o Sub-13 até o Sub-20, jogando com eles. Os dois têm dedo na minha trajetória. Além dos professores, Letícia teve em casa o apoio de quem ama futebol. Os pais jogaram bola: a mãe em uma época que não tinha espaço para o futebol praticado por mulheres, e o pai ficou na tentativa, mas acabou mesmo virando árbitro. Uma relação inusitada entre a jogadora e um árbitro em casa, mas nos comentários sobre a arbitragem, a atacante tem companhia. - Eu lembro como se fosse hoje, eu ia assistir meu pai. Meu pai era bandeira. Eu sempre gostei de acompanhar, sempre assistia meu pai apitando Campeonato Paulista, é bizarro, mas eu sempre fui muito fã do trabalho do meu pai. Eu corneto o árbitro e meu pai também corneta. Quando ele vê a arbitragem errando, ele sempre fala: \'Quando era eu, eu não errava assim\'. Quando ele vai me assistir, ele adora cornetar a arbitragem também. […]

Letícia Ferreira, Cruzeiro — Foto: Gustavo Martins/ Cruzeiro
Gustavo Martins/ Cruzeiro
[…] (continuação do texto original)

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