Ex-Cruzeiro vai de bicicleta ao estádio e marca gols na Champions League Cria do Cruzeiro , Robert viveu uma noite mágica em Copenhagen, na Dinamarca. Na terça-feira, quebrou um jejum de oito meses sem marcar e fez os primeiros gols em um jogo da Liga dos Campeões. Ajudou o time a bater o Malmö por 5 a 0, na fase prévia do torneio. Mas, antes do êxtase pelos gols, viveu uma preocupação incomum: precisou alugar uma bicicleta para chegar ao Telia Parken, palco do jogo. + ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp! Ex-Cruzeiro, Robert vai de bicicleta para jogo da Champions e marca dois gols Mais notícias do Cruzeiro Em busca de atacantes, Cruzeiro tem apenas dois gols do setor sem Kaio Jorge e Gabigol no Brasileiro Robert não foi utilizado no duelo de ida, mas ganhou posição no time em duelo pelo Campeonato Dinamarquês. Condição mantida para a partida da Champions League, mas que esteve em xeque por conta do trânsito na capital dinamarquesa. Preso entre os carros por conta do fechamento de uma via por onde os torcedores do Malmo acessavam o estádio, Robert deixou a direção nas mãos de um amigo e pedalou por cerca de seis quilômetros – em trajeto de 20 minutos – para não se atrasar para a apresentação no estádio. – A gente se apresenta diretamente no estádio, uma hora e meia antes do jogo. Eu saí de casa com muita antecedência, porque imaginei que estaria mais travado por ser um jogo grande. Eles travaram a rua. Passaram dez minutos, 15 minutos, e eu pensei: “Vou atrasar nem a pau”. Falei com ele: “Troca rapidinho, vou alugar uma bicicleta e vou”. Aluguei e fui com ela. Fui tranquilo, relaxando, mas deu certo, cheguei a tempo no estádio. Foi a primeira vez que o atacante precisou fazer algo desta natureza para chegar ao estádio – nove quilômetros distante de casa dele –, mas motivado por uma situação parecida. No início do ano, Robert chegou fora do horário previsto e deixou de ser titular nas oitavas de final da Conference League. – Primeiramente, eu tomei essa iniciativa de pegar a bicicleta porque atrasei na temporada passada, no jogo contra o Chelsea. Foi a mesma coisa: saí com antecedência de casa, mas cheguei 15 minutos atrasado. Não tem como, a gente tem que ser pontual. Não importa se pegou trânsito ou aconteceu qualquer coisa. "Eu estava de titular no jogo, o treinador me tirou, e eu tomei uma multinha bem salgada (risos). Serve de aprendizado. Estava para acontecer de novo, mas na hora eu não deixei. A vida é assim... a gente erra, aprende e vai evoluindo." Revelado pelo Cruzeiro, Robert faz balanço sobre primeira temporada na Europa Reencontro com as raízes A cena inusitada chamou atenção, principalmente pelo desfecho com gols dentro de campo. Mas, para Robert, foi uma possibilidade de relembrar um pouco das raízes. Mineiro da cidade de Pirapora, o atacante foi atleta de Bicicross, antes de tentar de vez a carreira de jogador de futebol. Inspirado pelo pai, Robert começou cedo na modalidade. Antes de chegar à Toca da Raposa, aos 11 anos de idade, já acumulava dois títulos mineiros, dois brasileiros e um sul-americano sobre duas rodas. – Deu para relembrar um pouquinho sobre os velhos tempos, matar a saudade (risos). Andar de bicicleta é uma paixão que eu tenho. Sempre que tenho a possibilidade, tento andar. Nas férias, ando com meu pai, que faz moutain bike . Tento aproveitar sempre isso. Coincidentemente, duas semanas antes do episódio, Robert acompanhou de perto o Mundial de Bicicross, em Copenhague. Teve a oportunidade de conhecer Renato Rezende, referência brasileira no esporte e representante do país nas Olimpíadas de Londres, Rio de Janeiro e Tóquio. – Foi incrível. Vieram alguns amigos brasileiros para competir, inclusive o Renato Rezende, que é um ídolo meu dos tempos em que eu competia. Tenho uma foto com ele dos tempos que eu competia (veja abaixo), nos encontramos agora e viramos amigos. Trouxe ele aqui em casa, estive junto com ele. Foi muito bom reviver isso tudo, do sentimento de corrida, mesmo que assistindo. Momento na Europa Robert foi efetivado no profissional do Cruzeiro na reta final do Brasileiro de 2023 e ajudou o time a escapar do rebaixamento, marcando gol importante contra o Goiás, então concorrente direto contra a degola. Ganhou muitas oportunidades no primeiro turno de 2024, mas foi emprestado ao Copenhagen em função das contratações feitas no início da gestão de Pedro Lourenço. O início foi bom e fez o clube antecipar a preferência de compra dos direitos, adquirindo o atacante de forma definitiva, em janeiro deste ano, por R$ 15,7 milhões. Robert teve duas pequenas lesões e não conseguiu sequência na reta final da temporada passada, vista como importante para adaptação. "Eu vejo a primeira temporada como uma temporada de aprendizado. Meu primeiro ano na Europa. Cheguei sem falar nada de inglês, sofri com o inverno. Vi como um ano de adaptação, para entender onde eu estou. Pelo pouco tempo, por ser primeira temporada, levo como muito boa, também." – Levo como aprendizado para me fazer cada vez mais forte. Cheguei mais forte, mais preparado fisicamente e mentalmente, mais adaptado. Fico feliz com isso, e estou demonstrando nos jogos, pelo desempenho e por conseguir me manter bem fisicamente em todos os jogos. Continuar trabalhando e não me contentar com pouco, porque tem muita água para rolar. Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv

Robert foi efetivado no profissional do Cruzeiro na reta final do Brasileiro de 2023 e ajudou o time a escapar do rebaixamento, marcando gol importante contra o Goiás, então concorrente direto contra a degola. Ganhou muitas oportunidades no primeiro turno de 2024, mas foi emprestado ao Copenhagen em função das contratações feitas no início da gestão de Pedro Lourenço. O início foi bom e fez o clube antecipar a preferência de compra dos direitos, adquirindo o atacante de forma definitiva, em janeiro deste ano, por R$ 15,7 milhões. Robert teve duas pequenas lesões e não conseguiu sequência na reta final da temporada passada, vista como importante para adaptação. "Eu vejo a primeira temporada como uma temporada de aprendizado. Meu primeiro ano na Europa. Cheguei sem falar nada de inglês, sofri com o inverno. Vi como um ano de adaptação, para entender onde eu estou. Pelo pouco tempo, por ser primeira temporada, levo como muito boa, também." – Levo como aprendizado para me fazer cada vez mais forte. Cheguei mais forte, mais preparado fisicamente e mentalmente, mais adaptado. Fico feliz com isso, e estou demonstrando nos jogos, pelo desempenho e por conseguir me manter bem fisicamente em todos os jogos. Continuar trabalhando e não me contentar com pouco, porque tem muita água para rolar. Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv