Alexandre Mattos teve a saída oficializada pelo Cruzeiro, após aceitar uma proposta do Santos.
Uma decisão considerada "boa para os dois lados", dentro dos bastidores do clube. O CEO, que chegou como braço direito de Pedro Lourenço, sai após perda de prestígio.
Contratado para ser o homem forte do futebol da Raposa na nova gestão da SAF, Mattos foi o primeiro nome anunciado por Pedro Lourenço. Assumiu como CEO, com a missão de transformar o investimento do empresário em resultados esportivos mais acelerados.
O dirigente encabeçou o departamento de futebol e conduziu os investimentos de quase R$ 200 milhões em contratações.
Entre nomes de grande repercussão, chegaram o goleiro Cássio e os volantes Matheus Henrique e Walace. Também houve investimento por Kaio Jorge. Tudo com anuência de Pedro Lourenço e acompanhado de perto por Pedro Júnio, vice-presidente da SAF.
Também chegaram apostas, como Jonathan Jesus, Lautaro Díaz e Peralta.
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Inicialmente, mesmo com reforços, o Cruzeiro não engrenou no segundo semestre de 2024. O time figurou no G-4 do Brasileirão em boa parte do primeiro turno, mas caiu de produção.
Trocou o técnico Fernando Seabra por Fernando Diniz, em uma mudança ensaiada desde as primeiras semanas da nova gestão, apesar de o antigo técnico ter recebido valorização e se mantido no cargo ainda por quatro meses. No fim da temporada, a Raposa foi vice na Copa Sul-Americana e não conquistou a vaga na Conmebol Libertadores via Brasileiro, o que pesou na parte financeira, em termos de perspectivas de ganhos.
Assim, os objetivos esportivos não foram alcançados, o que também pressionou o trabalho de todo o departamento chefiado por Alexandre Mattos. Além disso, houve uma outra situação que precisou ser contornada pelo dirigente. Fernando Diniz ficou sob pressão no cargo em meio à reta final ruim de temporada, e a situação se tornou pública. O técnico criticou a direção do clube por supostos vazamentos e acabou mantido no cargo após reunião com Pedro Lourenço.
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O dirigente, que se esforçou na contratação do jogador, foi incumbido de negociar a redução da multa rescisória, mas a saída foi sacramentada em reunião do próprio jogador com o empresário Pedro Lourenço. A situação foi considerada a gota d'água dentro do trabalho de Mattos, por parte dos mandatários da SAF. Pedro Lourenço considerou a saída imediata, mas decidiu esperar também em função de uma multa rescisória considerada alta. Diante do interesse do Santos, os desejos convergiram, e Alexandre Mattos, ciente de que dificilmente recuperaria prestígio dentro da Toca da Raposa, conseguiu um acordo com Pedro Lourenço. O ex-CEO deixa o clube tendo boa relações com muitos jogadores e funcionários, mas longe de ser unanimidade, principalmente na direção.