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15/7/2014 13:34

Tango em Vespasiano

'Quinta-feira estarei no Mineirão, cujo dono é o Raposão, não o azarado do Fuleco, para ver mais uma vitória do meu time'

Tango em Vespasiano
Como é bom voltar à vida normal depois de um mês paralisante, em que todas as nossas vidas foram afetadas de alguma forma por esse evento que fechou ruas e avenidas, encheu o país de estrangeiros, mas, na verdade, serviu para mostrar que mais uma vez não estávamos prontos para o que aconteceria. Se fora do campo ganhamos um carinho do mundo por ter realizado mais do que o esperado, dentro demos um vexame inacreditável. Gosto de Copa do Mundo, mas a cada dia vejo que ela tem mais a ver com entretenimento do que com futebol.

As pessoas que vão aos estádios não sabem nem torcer e estão ali para se divertir. Como adoro futebol o ano todo, gosto muito mais de ver meu Cruzeiro jogando do que a Seleção Brasileira. Ainda bem que não convocaram nenhum jogador do maior de Minas. A base da Seleção Alemã é o seu campeão nacional, Bayern de Munique. Aqui, preferem chamar um bando de reservas de times da Europa. Vai entender. Já do outro lado da Lagoa não posso dizer o mesmo, pois eles se vangloriaram de ter alguns jogadores incluídos na Copa e agora querem mudar de assunto. Mas temos de lembrá-los de algumas coincidências.

Para começar, o carma do sofrimento histórico de sempre chegar próximo a algum título, mas ganhar somente a cada 40 anos. O hino das zebrinhas listradas de Vespasiano deveria ganhar versão em ritmo de tango para que a proximidade fosse mais evidente. O tango, que é mais conhecido pelas sofridas letras e o ritmo carregado de emoção, seria ideal para cada derramamento de lágrimas de que tanto gostam. Bem que eles tentaram aprender alguma coisa com os hermanos, tiraram fotos, cantaram, mas não é assim que se ganha título. Esqueceram-se de avisar ao Messi e sua turma que o time azul e branco era outro. Ainda bem que fizemos maravilhosa e vitoriosa excursão aos EUA, onde Ricardo Goulart marcou um gol antológico, que, não fosse pela Copa, rodaria o mundo pela beleza e genialidade. Alem de ganharmos todos os jogos, gostei muito da estreia do Manoel, nosso novo zagueiro.

Nós, cruzeirenses, temos pouco a aprender com esse vexame histórico. Já somos uma equipe que joga compacta, em que vale mais o conjunto do que as estrelas individuais. Assim ganhamos o Brasileiro do ano passado e espero ganhar mais um este ano. Nós, que estávamos esperando uma operação desmanche depois da conquista do Nacional de 2013, vimos o time ser reforçado. Se a nossa Seleção se mostrou acéfala, com pouca criatividade, o contrario acontece por aqui.

Para finalizar, sobre esse desastre nacional, gostaria de citar a letra da música Indignação, do Skank: “A nossa indignação é uma mosca sem asas. Não ultrapassa as janelas de nossas casas”. Pouca coisa vai mudar na estrutura viciada da CBF. A melhor piada de todas as que vi na internet foi que a Argentina tinha o Messi, o Brasil, o Neymar e a Alemanha, um time. Tenho esta mesma sensação no Cruzeiro. Temos um time pronto para ganhar mais um Brasileiro e somos líderes. Quinta-feira estarei no Mineirão, cujo dono é o Raposão, não o azarado do Fuleco, para ver mais uma vitória do meu time.

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