13/7/2014 07:31
Negociação polêmica entre Fluminense e Cruzeiro tem até acusação de aliciamento
Convocado com frequência para as seleções de base em 2013, o zagueiro Gustavo, do Fluminense, pode estar de saída para o Cruzeiro em uma negociação polêmica. Neste sábado, o diretor da base tricolor, Fernando Veiga, acusou em uma rede social o diretor da base cruzeirense, Klauss Câmara, de aliciar o jogador.
- O ex coordenador técnico do fluminense foi demitido recentemente e contratado pelo Cruzeiro. Aproveitando do seu conhecimento de quase 3 anos trabalhando no clube, Klauss Camara aliciou e tirou do Fluminense o zagueiro Gustavo (98), jogador de muito potencial e várias vezes convocado para Seleção - diz Fernando.
Klauss, que foi demitido do Fluminense há pouco mais de um mês após quase três anos trabalhando no clube, confirma o interesse pelo jogador e uma conversa com o Tricolor, mas nega que Gustavo esteja na Toca da Raposa.
- O Gustavo não está no Cruzeiro. É preciso deixar bem claro isso. Ele não tem contrato de formação, não quer ficar no Fluminense e foi oferecido para mim. Eu liguei para o Fluminense e estou tentando uma parceria com o clube. Quero fazer as coisas do jeito certo.
O Fluminense tenta manter o zagueiro. Fernando Simone, gerente geral de Xerém, admite que não há contrato de formação entre as partes, mas afirma que isso não aconteceu porque Gustavo não quis assinar. O contrato profissional estava pronto desde março, pouco depois do jogador completar 16 anos, mas também não houve sucesso na tentativa de fazer com que ele assinasse o vínculo.
- A verdade é que, por força da lei, posso perdê-lo para a justiça. Mas sempre tentamos assinar o contrato com ele. Não quero acusar ninguém, mas se você me perguntar se eu acho certo, digo que não. E diria com qualquer clube - diz.
Os dirigentes de outros clubes, que fizeram um pacto em 2012 para que não houvesse aliciamento de jogadores, estão cientes da situação, que poderá ser discutida em breve. O acordo foi assinado por todos os times da Série A.
No início do ano, o Fluminense levou para Xerém o meia Juninho, 16 anos, que atuava no Figueirense e tinha várias passagens pelas seleções de base. O Figueirense mostrou a documentação para os outros dirgentes, que avaliaram que o Figueira estava com a razão e, se o jogador assinasse contrato, o Flu poderia sofrer um boicote. O impasse segue até hoje, e o jogador não assinou contrato com o Tricolor, que não foi punido.
Em 2012, o Atlético-PR assinou contrato com Mosquito, então atacante do Vasco, e foi o primeiro clube a ser boicotado em torneios, resolvendo o problema após entrar em acordo financeiro com o Cruz-Maltino. Em 2013, foi a vez do São Paulo ser acusado de aliciamento após a contratação do goleiro Lucão, da Ponte Preta, e novamente houve a medida.
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