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O grande sonho holandês desapareceu nos céus da Cidade da Garoa na última terça-feira. A impressionante intervenção de Javier Mascherano já no final da prorrogação e a destreza de Sergio Romero na disputa de pênaltis não só salvaram a Argentina, como também impediram a Holanda de chegar àquela que seria sua quarta final de Copa do Mundo da FIFA™.

Apesar disso, Louis van Gaal e sua brigada laranja ainda podem realizar algo que nenhum outro combinado holandês conseguiu até hoje. Nem mesmo as seleções de 1974, inspirada por Johan Cruyff; de 1978, impulsionada por nomes como Krol, Haan, Rep e Neeskens; e de 2010, comandada por Bert van Marwijk — todas finalistas do Mundial —, registraram o feito.

A marca em questão é terminar a Copa do Mundo de forma invicta, meta traçada pelo técnico de 62 anos para a disputa do terceiro lugar com o Brasil, seu último compromisso à frente da Holanda antes de assumir o comando do Manchester United.

"Foi muito, muito triste, e um sonho foi quebrado", lamenta Van Gaal. "Isso não volta mais, pois o objetivo era ser o número um, mas ainda existe algo a conquistar. Ainda podemos fazer história, pois em 1974, 1978 e 2010 a Holanda saiu derrotada. Cada vez mais sabemos que temos que brigar por isso. A seleção holandesa nunca voltou invicta para casa, e essa agora é a nossa meta."

Para chegar lá, o comandante não escondeu que usará sua despedida como motivação para os jogadores. "O fato de este ser meu último jogo vai fazer parte da minha palestra, e espero que eles queiram me dar a vitória de presente, o que manteria a invencibilidade", admitiu. "Espero poder prepará-los para fazer uma boa partida. Fazer sete jogos sem derrota (em uma Copa do Mundo) é algo muito significativo."

Vários integrantes deste jovem elenco holandês provavelmente terão a oportunidade de voltar a disputar o Mundial. Já Dirk Kuyt, jogador mais velho do elenco, com 33 anos, se despede da seleção ao final do torneio. O atacante, que ao longo da competição fez as vezes de meia e até de zagueiro, está ansioso para apagar a dor sofrida na maior cidade brasileira com um triunfo na capital do país.

"No futebol, sempre existe a próxima partida", diz Kuyt. "Queremos vencer aqui e voltar para casa invictos e com a sensação de que demos o nosso máximo. Queremos deixar a competição com uma sensação boa. Ainda não vamos estar satisfeitos, mas na condição de atletas de ponta é assim que temos que olhar para as coisas. A terceira colocação será muito melhor do que a quarta."