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12/7/2014 08:49

Forte de dar medo, mas com medo de avião: Manoel, novo xerife celeste

Zagueiro mostrou cartão de visitas com gol em estreia e promete muita força na briga por uma vaga da defesa titular do Cruzeiro

Forte de dar medo, mas com medo de avião: Manoel, novo xerife celeste
Apesar de apenas 1,81m, Manoel mostra muita força na bola aérea (Foto: Tarcísio Badaró)

A altura de Manoel nem chama tanto a atenção: 1,81m. Inclusive, para um zagueiro, poderia ser considerado baixo. São doze centímetros a menos que o companheiro Dedé, por exemplo, mais alto da defesa cruzeirense e uma referência na bola aérea. No entanto, o novo xerife celeste se destaca pelo porte físico. É forte de dar medo aos adversários. Os centímetros a menos que ele tenta compensar com a impulsão, o bom posicionamento e a força física, que foi fundamental desde o início da carreira e pode ser o diferencial para ajudar o Cruzeiro a buscar mais um título do Brasileirão.

- Na verdade, desde moleque eu já gostava de fazer academia, treinar bastante. Os caras até me chamavam de gato, falavam que não tinha condição de eu ser de 1990. Falavam que estavam com medo de mim, mas só na brincadeira.

O vigor físico realmente faz Manoel se destacar. Prova disso é que o torcedor cruzeirense precisou de pouco tempo para ver que o novo zagueiro pode ser mais uma arma importante na bola área ofensiva. Manoel marcou gol em um dos amistosos no Estados Unidos e participou de outros, ganhando lances pelo alto. O camisa 33, que pelo Atlético-PR marcou 17 gols em 260 jogos, destacou a rápida adaptação ao time mineiro, e acredita ter um estilo compatível com o time de Marcelo Oliveira.

- A equipe do Cruzeiro é muito rápida, muito leve, que toca a bola sempre com o objetivo do gol. Isso é importante. Eu sou zagueiro, mas sou rápido, procuro tocar a bola e sair jogando. Acho que nesses amistosos que tivemos jogamos contra equipes que marcam muito, e conseguimos jogar. Acho que fomos bem.

Manoel deve ser titular na partida de retorno no Brasileirão, na próxima quinta-feira, contra o Vitória. Ele veio para um setor forte do Cruzeiro. A dupla de zaga formada desde o ano passado por Dedé e Bruno Rodrigo já se estabeleceu. O reserva, Léo, sempre agradou ao treinador quando acionado e ganhou ainda mais espaço nos últimos tempos, por conta de lesões dos titulares.
Bruno Rodrigo segue em tratamento de uma cirurgia no pé esquerdo, enquanto Dedé ainda busca a melhor condição física após superar uma lesão no joelho. Com isso, Manoel e Léo devem formar a dupla de zaga contra os baianos.


Manoel marcou gol logo no primeiro jogo com a camisa do Cruzeiro, contra o Miami Dade (Foto: Matthew Healey / Light Press)

- Acho que é importante. Nos amistosos procurei fazer meu melhor, treinei forte e agora vou ter a oportunidade. Fiquei sabendo por vocês (imprensa) que vou jogar. Espero fazer meu melhor e ajudar a equipe. O mais importante é ajudar o grupo.

O outro lado

Se a força do camisa 33 do Cruzeiro pode intimidar os adversários, a conduta dele fora de campo parece outra. De fala calma e bem-humorado, Manoel contou um pouco do começo de carreira. Revelou que ouviu muitos nãos e chegou a passar fome antes de chegar ao Atlético-PR. Algumas vezes, pensou até em abandonar o futebol, e só não fez por conta do apoio do pai, que faleceu há pouco tempo, o que foi, segundo o jogador, o momento mais duro da sua vida.

- Acho que quando perdi meu pai, há dois anos. No começo não queria jogar bola. Queria, mas não queria treinamento, achava que era só chegar e jogar. Meu pai sempre disse que um dia queria me ver na seleção. Infelizmente não conseguiu. Espero um dia chegar e homenagear ele, chegar na seleção por causa dele.

Manoel contou que a perda do pai o aproximou ainda mais da mãe, com quem fala todos os dias por telefone. Além desse mais que natural carinho familiar, mesmo para um zagueirão com cara de bravo, outro momento em que Manoel não tem nada de xerife é quando o assunto é avião.

- Tenho, na moral, muito medo. Sério mesmo. Viagem longa então... Começa a tremer eu já penso que vai cair. A galera pega no meu pé. Aqui (no Cruzeiro) os caras ainda não perceberam. Eu fico quieto, com o fone de ouvido, então passa. Mas lá no Atlético-PR os caras pegavam no meu pé.

1392 visitas - Fonte: Globo Esporte




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