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21/4/2025 04:23

NÃO ENGRENOU! Vitória seria importante para fazer Cruzeiro embalar

NÃO ENGRENOU! Vitória seria importante para fazer Cruzeiro embalar



O Cruzeiro tropeçou no Bragantino e perdeu a chance de embalar no Campeonato Brasileiro. O viés de alta foi interrompido com derrota por 1 a 0, em uma partida que reforçou alguns pontos positivos, mas deixou alertas importantes sobre as ideias do técnico e a montagem que foi feita do elenco.

Leonardo Jardim abriu mão de um discurso que adota há dois meses no Cruzeiro, sobre rodagem do time, e manteve a engrenagem titular para enfrentar o Bragantino. Entendeu que o momento pedia afirmação de uma base que deu indícios de consolidação, trocando somente a lateral direita por necessidade física. Deu azar de perder os dois da posição de uma só vez (Fagner e William) e improvisou o zagueiro Jonathan Jesus. E foi esse o time que entregou os melhores momentos do Cruzeiro em Bragança.

É verdade que levou gol cedo, após erro de Cássio na saída de bola em momento de instabilidade do time em campo. Entre os cinco e 20 minutos da etapa inicial, foi uma equipe sem saída de bola e com baixo índice de aproveitamento na hora de pressionar a posse. Mas, no geral, esse recorte foi um ponto fora da curva durante os 56 minutos jogados no primeiro tempo.

O Cruzeiro não foi brilhante, esteve longe da perfeição, mas tinha mecanismos que funcionavam, como a retomada rápida da posse e criação a partir de triangulações e jogadas verticais. Faltou acabamento, eficiência, para levar ao vestiário o empate. Era um resultado bem mais merecido àquela altura.

Na volta do intervalo, os problemas do Cruzeiro voltaram a aparecer. Ainda que tenha carimbado o travessão de Lucão e que Kaio Jorge tenha perdido chance praticamente na pequena área, o time teve queda coletiva acentuada em comparação com o primeiro tempo. Foi totalmente dependente de bolas levantadas na área. E os problemas surgiram a partir das mudanças feitas por Leonardo Jardim. A primeira delas, no intervalo, tirando Christian – que não fez bom jogo – para colocar Gabigol. O Cruzeiro perdeu o setor de meio-campo, que se sobrecarregou na marcação e em nada agregou na criação. Talvez o intuito do treinador fosse ter mais gente na área, o que também não aconteceu, já que Kaio e Gabi precisavam sair pra buscar jogo. Depois, Jardim ainda optou pelas entradas de Dudu, Eduardo, Walace e Dinenno. Nenhum deles contribuiu para mudança do enredo.

O Cruzeiro seguiu mal, sofreu com transições e só gerou expectativa de empate a partir de cobranças de faltas, que, aliás, seguem pouco eficientes para o time. Relacionar a queda do rendimento às mexidas não é uma crítica individual às peças que deixaram o banco, embora Gabigol, Dudu e Eduardo tenham contribuído pouco com o aspecto ofensivo quando entraram nas últimas partidas.

O que chama atenção é o fato de, neste momento, o Cruzeiro parecer dependente de uma única estrutura para conseguir ter um jogo confiável. Ter uma base é fundamental para qualquer time andar, mas, neste momento, o elenco do Cruzeiro não fornece peças de substituição que mantenham a engrenagem. E isso não tem a ver com qualidade técnica, mas características. Afinal, o elenco não foi montado pensando no estilo de jogo de Leonardo Jardim. O português conseguiu um passo importante ao encontrar o time ideal do momento, mas há um desafio posto para ele. Diante da quantidade de jogos e as consequentes mudanças na equipe, terá de encontrar novas alternativas coletivas - com pouco tempo à disposição para trabalhar - ou buscar adaptações individuais para manutenção de um modelo que dá indícios de sucesso. São as possibilidade de momento, até que abra a janela do meio do ano. Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv

Dudu em ação durante Bragantino x Cruzeiro
Caique Coufal/Cruzeiro

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