O Lanús, adversário do Cruzeiro nesta quarta-feira (23) em Belo Horizonte, tem mostrado duas faces muito diferentes nesta temporada. Enquanto no Campeonato Argentino o time anda sem rumo e está entre os últimos colocados, na CONMEBOL Sul-Americana aparece de forma sólida e confiável, capaz de competir contra qualquer rival. Após vencer seu grupo com quatro vitórias em seis jogos, a equipe superou dois adversários difíceis, como a LDU -EQU e o Independiente Medellín -COL, na fase eliminatória. Neste tipo de partida, eles crescem, especialmente do ponto de vista físico e mental.
O principal ponto forte do Lanús é sua solidez como grupo e a mentalidade vencedora que tem conseguido alcançar nesta Sul-Americana. Se na liga nacional, o time sofre e parece não ter a motivação necessária, na disputa continental demonstra convicção para vencer dentro de campo até mesmo em lugares muito hostis. Quanto aos pontos fracos, o time pode sofrer contra um adversário de maior qualidade, que é o caso do Cruzeiro. Eles sofrem com algumas falhas no meio-campo e, no ataque, dependem principalmente do que seus atletas conseguem com as jogadas individuais.
O técnico Ricardo Zielinski é experiente e sabe formar equipes com bom trabalho defensivo. Além disso, o Lanús tem jogadores de qualidade no ataque que podem tirar proveito das situações. Walter Bou, Marcelino Moreno e Eduardo Salvio estão em posição de machucar o adversário e o resto da equipe também é muito sólido.
É uma equipe sem grandes nomes, mas com bons jogadores em todas as linhas. Na defesa, o pilar é o experiente Carlos Izquierdoz e também o jovem Julio Soler, um lateral-esquerdo que acaba de ser convocado para a seleção argentina. Além disso, Salvio voltou ao clube no qual surgiu para o futebol com a intenção de ganhar um título e Bou é um atacante de calibre sul-americano.