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15/6/2022 13:45

Mercenário? Traiu o Cruzeiro? Henrique dá versão sobre glória e crise no clube: "Nunca me omiti"

Mercenário? Traiu o Cruzeiro? Henrique dá versão sobre glória e crise no clube: Nunca me omiti
Fora do Cruzeiro desde o começo deste ano, Henrique tem convivido com críticas e ofensas. Mas não se magoa. O volante de 37 anos fez revelações em declarações ao The Players' Tribune. Relembrou o começo da carreira, o sucesso no Cruzeiro e a crise que explodiu no clube.



Diz ser chamado de "mercenário", "traidor", "acabado". O sentimento ao ouvir não é de raiva. Prefere guardar na memória o carinho da torcida.

- Eu sou muito grato ao clube e, principalmente, aos torcedores cruzeirenses. (...) E é pelo respeito que tenho por cada torcedor que eu digo que não, eu não fico magoado com o que algumas pessoas dizem ou escrevem sobre mim.

Henrique chegou ao Cruzeiro em 2008. Construiu uma trajetória vitoriosa, acumulando troféus de Copa do Brasil (2017 e 2018), Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e Mineiro (2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019). Foram mais de 500 jogos.

A camisa celeste mudou o rumo da vida de Henrique. Se tornou não apenas campeão, mas uma liderança no grupo.

- Pra quem não gostava de holofote, pra quem relutava em ser jogador profissional, até que eu tinha ido longe. Nessa altura nada mais me assustava.

Em 2019, veio a crise no Cruzeiro. Salários atrasados. Henrique diz ter tomado a frente para cobrar diretoria e dar satisfação ao torcedor.

- Capitão é só um cargo simbólico, ele não tem a caneta pra decidir nada.

A desorganização do clube fora de campo era algo inédito para Henrique. Dentro das quatro linhas, mais decepções.

- Nunca vi tanta falta de compromisso por parte de alguns atletas. Lembro do dia em que perdemos de 4 a 1 para o Grêmio, em pleno Independência. No fim do jogo, eu estava morrendo de raiva por dentro, mas tinha jogador do nosso time dando risada com os adversários, num clima tranquilo, como se a gente tivesse vencido a partida. Aquilo foi muito decepcionante.

“Em 2019 as coisas desandaram e, é claro, eu errei também. Disse isso em todas as ocasiões que pude. Errar é humano. O erro não pode apagar a história que tenho com o Cruzeiro.”

Depois do rebaixamento, o volante foi emprestado ao Fluminense. Segundo ele, a diretoria celeste não se esforçou para sua permanência.

- Eu fui levar pra diretoria do Cruzeiro a proposta e eles não demonstraram interesse nenhum em mim.

Retornou em 2020 para a Série B. Mas não conseguiu se firmar, em função das lesões no joelho. Naquele ano, Henrique sofreu um grave acidente. O carro que dirigia caiu em um penhasco na altura do mirante do Jatobá, no município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

- Deus agiu de novo, e eu sobrevivi a uma queda brusca praticamente intacto, sem machucado algum, sem lesão cerebral, nada. Esse acidente me fez repensar algumas coisas, a começar pela minha relação com o Cruzeiro.



“Eu chorei, sorri, suei e dei a cara para bater. Nunca me omiti. Por isso, eu não posso confundir o Cruzeiro com as pessoas que comandam o clube num dia e no outro já não estão mais lá. Que te mandam embora mesmo machucado, em tratamento após três cirurgias. É uma decepção, de fato, mas que está longe de representar o meu sentimento pela instituição.”

1011 visitas - Fonte: globoesporte




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