Paulo Pezzolano e Martin Varini, do Cruzeiro — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Trabalhos à longo prazo têm sido uma sina para o Cruzeiro desde agosto de 2019, quando Mano Menezes deixou a Toca da Raposa. O clube, que àquela altura tinha o trabalho mais longevo entre os técnicos brasileiros, agora tenta novamente engatar uma boa sequência, com Paulo Pezzolano. Os números são promissores.

O treinador uruguaio, que completou quatro meses de trabalho nessa quarta, é o 10º a passar pelo cargo desde a saída de Mano. Diante do Grêmio, no domingo, pela sexta rodada da Série B, ele irá para o 23º jogo à frente do time. Igualará a Vanderlei Luxemburgo como o técnico com mais jogos nesse período de quase três anos.

Pezzolano também é o dono dos melhores números nesse tempo. Com 22 jogos, 14 vitórias, dois empates e seis derrotas, tem 66,6% de aproveitamento em relação aos pontos. Na sequência, aparece Enderson Moreira, com 58,3% em 12 jogos. A passagem dele foi entre o fim do Mineiro e o início da Série B de 2020 (veja todos os números no fim da matéria).

O aproveitamento de Pezzolano se dá em função de um time que mostra equilíbrio entre defesa e ataque. Considerando os técnicos que passaram pelo clube depois de Mano Menezes, ele é quem tem a melhor média de gols: 1,8 por jogo, com 40 anotados em 22 jogos.

Com 20 gols sofridos, tem 0,9 de média por partida, com rendimento abaixo apenas de Abel Braga e Felipão. Esses dois times tinham dificuldades ofensivas, com média inferior a um gol marcado por partida.

Com Paulo Pezzolano, o Cruzeiro conseguiu, pela primeira vez, encerrar uma rodada no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro, depois de passar 80 fora, sendo a esmagadora maioria abaixo até mesmo do 10º colocado.