Neste sábado, Léo vai reencontrar uma camisa que se acostumou a vestir em grande parte da carreira: do Cruzeiro. Com 11 anos de história na Raposa, o jogador agora defende a Chapecoense e irá jogar contra o time mineiro. Um reencontro diferente, nas palavras dele, que remetem gratidão por tudo que ele passou em Belo Horizonte.

Em entrevista à Globo, o zagueiro de 34 anos comentou sobre a gratidão e o carinho que tem pelo Cruzeiro. Foram 11 anos vestindo, ininterruptamente, a camisa celeste, com oito títulos conquistados (duas Copa do Brasil, dois Campeonatos Brasileiros e quatro Campeonatos Mineiros).


- É um jogo diferente. Enfrentar uma equipe que você passou tantos anos e tem uma história legal, de títulos, conquistas, história de muitas alegrias. Praticamente um terço da minha vida foi lá. Todo mundo sabe o respeito e carinho que tenho por esta instituição. Agora estou vestindo essas cores, buscando meus objetivos, tentar buscar os três pontos para buscar o melhor.

Léo chegou ao Cruzeiro em 2010. Passou por momentos de protagonismo, sendo destaque em grandes títulos e usando a braçadeira de capitão, e por outros não tão positivos, como a perda de espaço entre 2015 e 2016 e o rebaixamento do clube em 2019.

"Os 11 anos que eu passei no Cruzeiro sempre foi com empenho, brio, dando a cara para bater e nos disponibilizando - destacou o zagueiro"

Mesmo com o tempo de casa e o currículo vitorioso, a saída de Léo, do Cruzeiro, deixou marcas no zagueiro. Chegou a ficar impossibilitado de treinar na Toca da Raposa, em uma decisão que partiu do Cruzeiro, na época.

Na saída da Raposa, Léo admitiu a frustração em deixar o Cruzeiro. Ele fez um acordo com o clube, que supera os R$ 10 milhões, para receber valores atrasados. Entretanto, afirma que o acordo fechado em maio do ano passado não está sendo cumprido.

- Uma questão que todo mundo sabe, como saí do Cruzeiro, que foi muito ruim, no sentido que, muitas vezes, fui impedido de treinar, de muitas coisas. Fizeram um acordo comigo que eu não queria, porque tinha contrato até o fim de 2022. Depois o presidente que esteve lá soltou um áudio muito ruim também, também não foi um presidente que fez coisas boas pelo Cruzeiro, pelo pouco que passou não tem uma história boa. Não tem cumprido nenhum tipo de acordo e decisão comigo - afirmou.

"São direitos trabalhistas que a gente tem como empregado de uma instituição. Um acordo que eles não têm cumprido desde quando sai. Uma situação delicada. A gente fica chateado, porque é um direito nosso. Mas a vida segue"