Campeão do Campeonato Mineiro e da Copa do Brasil na temporada 2018, o Cruzeiro encerrou o Campeonato Brasileiro com um empate sem gols com o Bahia, em um desempenho na competição marcado pelos opostos entre seu ataque e sua defesa. Seu rendimento defensivo foi o melhor da história dos pontos corridos, enquanto o ofensivo foi o pior no atual formato da competição nacional.
Com o placar diante do Bahia, o Cruzeiro fechou o Brasileiro na oitava colocação com 53 pontos, já garantido na Libertadores por causa do título da Copa do Brasil. O time acabou o campeonato com saldo zerado, com 34 gols marcados e 34 sofridos.
O ponto positivo foi a defesa cruzeirense. Foi o melhor rendimento do setor nos pontos corridos, com uma média de menos de um gol sofrido por partida. O ano de 2015 tinha o melhor rendimento, com 35 gols sofridos em 38 jogos. Méritos para uma defesa que se consolidou com Fábio no gol, e Léo e Dedé fazendo a dupla de zaga.
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Rodízio
A média de gols marcados foi a menor desde 2003. Foram 34 gols em 38 jogos, com 0,89 gol por partida. O time cruzeirense nunca tinha ficado com uma média abaixo de um gol por jogo no Brasileiro de pontos corridos. A pior média havia ocorrido em 2015, quando a equipe fez 44 gols em 38 jogos: 1,15 gol por jogo.
Para o técnico interino Sidnei Lobo, uma das explicações pelo rendimento do ataque pode ter sido a falta de sequência do time titular na competição, já que o Cruzeiro priorizou a Copa do Brasil e a Libertadores.
- Nós rodamos muito no Brasileiro. Se analisar, a gente jogou um campeonato paralelo, foi tudo simultâneo e tem que estar rodando. É difícil, não fiz levantamento ainda, mas jogamos o Brasileiro com muitos jogos com time alternativo, que não eram titulares na Copa do Brasil e Libertadores. Quando você joga sem sequência, você sofre. Isso temos que melhorar (gols marcados), vamos trabalhar para isso, nessa pré-temporada vamos estar com foco maior, que é colocar a bola na casinha.
Ataque ruim
A pior média de gols na história dos pontos corridos é reflexo do rendimento e do ano dos atacantes cruzeirenses. Tanto que os artilheiros na temporada foram dois meias: Thiago Neves e Arrascaeta fizeram, cada um, 15 gols. O atacante com mais gols na temporada foi Raniel, com nove gols.
Os jogadores de ataque passaram por problemas de contusão na temporada. Fred, principal contratação para a temporada, rompeu os ligamentos do joelho direito e ficou sete meses fora dos gramados. Raniel também teve de se recuperar de alguns problemas musculares durante o ano. Sassá passou por cirurgia no joelho esquerdo e também ficou dois meses fora. Já Barcos só chegou no meio da temporada.
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