Nas décadas de 50 e 60, o jornalista e escritor Nelson Rodrigues, em uma de suas várias crônicas, deu origem ao Sobrenatural de Almeida, figura que surgia em campo para traçar acontecimentos inesperados nas partidas. Se o personagem entrou ou não em campo no clássico desse sábado, no Independência, o atacante Willian pode responder. No lance do primeiro gol da vitória celeste por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, Willian recebeu cruzamento de Alisson e pegou de bate-pronto. O chute saiu torto, ia longe da meta de Victor, mas a bola desviou em Jemerson e acabou balançando as redes. Willian admitiu que levou um pouco de sorte no lance.

- Às vezes acertamos e não entra. Aí tem que acontecer isso também. O importante é que entrou – disse o atacante.

Se estamos falando de sorte, temos que falar também sobre competência. No terceiro gol da Raposa, Marquinhos, recebeu passe de Leandro Damião na entrada da área e, assim como Willian, bateu de primeira. Diferentemente do companheiro de equipe, o camisa 30 pegou em cheio na bola, que morreu no cantinho do gol adversário.

- Fico feliz pelo gol. Uma bela bola do Damião. Quando ela veio, não pensei duas vezes antes de chutar. Finalizei de primeira, porque se dominasse, um jogador do Atlético poderia chegar. Peguei um belo chute – explicou Marquinhos.

Os dois ajudaram a construir a vitória por 3 a 1, que colocou fim a um jejum de quase dois anos sem bater o rival. Com os três pontos, o Cruzeiro pulou para o 12º lugar na tabela. Agora, o time tem a semana cheia para se preparar para o duelo contra o Vasco, no próximo sábado, às 21h (de Brasília), em São Januário.