Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, durante seu discurso de posse

Em meio aos escândalos de corrupção na Fifa que atingiram o seu antecessor, José Maria Marin (preso na Suíça), o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, garantiu estar com a consciência tranquila e promete ir ao Senado para dar explicações.

"Independentemente de CPI, quero, esta semana, ir ao Senado falar, ouvir e debater. Não tenho nada a esconder", falou o dirigente à coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, publicada neste domingo.

Desde o estouro do escândalo na Fifa, a pressão para que Del Nero renuncie aumentou. Ele fez reunião com presidentes de federações na semana passada e convocou uma assembleia extraordinária na CBF para a próxima quinta-feira.

Ele iniciou um debate sobre a reforma do estatuto, e dirigentes ouvidos pelo ESPN.com.br entenderam a atitude como um sinal de sua saída - apesar de ele ter negado ao Globo.

O ponto central levantado na reunião é com relação a uma mudança no item que prevê que o vice-presidente mais velho ocupe o cargo do mandatário que deixar o posto. Se Del Nero resolvesse deixar a presidência antes do fim do seu mandato, pelo atual estatuto, seria Delfim Peixoto, vice do Sul, quem assumiria. E é justamente isso que os dirigentes estão tentando evitar, segundo o próprio presidente.

O senador Romário (PSB-RJ) já conseguiu a abertura de uma CPI para investigar o futebol brasileiro. Ele já pediu a renúncia de Marco Polo del Nero, que assumiu a CBF neste ano, e ganhou apoio de seu ex-parceiro de seleção Ronaldo.