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2/6/2015 12:14

Estamos gripados

'Amamos o Cruzeiro independentemente de quem esteja jogando, presidindo ou dirigindo o time. Queremos é respeito à instituição que nos faz sonhar, sorrir, chorar e vestir o manto azul estrelado com muito orgulho'

Estamos gripados
Nesta época do ano, com a chegada do inverno, aparecem também as doenças respiratórias. Vemos as crianças enchendo os hospitais, os mais velhos reclamando muito das dores. Acho que o Cruzeiro está assim, meio doente, precisando de algum remédio, pois não está conseguindo resolver o seu problema sozinho. Estamos gripados, errando muitos passes, com falta de vontade, e alguns jogadores andam dormindo em campo.

Neste ano, o Cruzeiro fez somente duas belas partidas: contra o São Paulo, no Mineirão, e o River Plate, em Buenos Aires. Nas outras, vimos uma sombra do grande time a que estávamos acostumados. A vitória em Buenos Aires fez com que mais de 50 mil pessoas saíssem de casa e fossem ao Mineirão na última quarta-feira. Antes da partida, presenciamos um espetáculo maravilhoso, com boa parte da torcida piscando seus celulares e criando um verdadeiro céu estrelado.

Esse era os espírito nas arquibancadas, mas o que assistimos em campo foi a um River dominando e dando uma aula tática. Parecia que ele é que estava jogando em casa, contra um Cruzeiro nervoso, cuja bola queimava no pé. Foi uma decepção muito grande para a torcida. Saí do estádio aos 25min do segundo tempo. Nunca havia feito isso na vida. Parece que a vitória fora de casa fez mal ao nosso time. Será que não estávamos preparados para tanto carinho do nosso torcedor? Esse nervosismo dentro de campo, para mim, é reflexo de algo errado fora dele.

Não sei qual seria o melhor remédio por estarmos constipados, mas o ser humano, de forma geral, gosta de pôr a culpa no outro, tentando não assumir os próprios erros. No futebol, o remédio mais fácil todos sabemos qual é. Na medicina, os vírus, com o tempo, se tornaram mais fortes, precisando de medicamentos cada vez potentes para ser combatidos. No futebol, aconteceu o mesmo com os técnicos, que também aprenderam e puseram cláusulas de rescisão altíssimas em seus contratos, por serem sempre o lado mais fraco de uma crise.

Estamos com uma gripe mal curada desde o início do ano, mostrando muitas fragilidades e pouca consistência. Todos os profetas do apocalipse e os urubus de plantão já estão profetizando a troca de técnico. Eu sou contra. Vendemos muito em pouco tempo e não contratamos bem. Deixar a tarefa de organizar o nosso time a um garoto uruguaio de recém completados 21 anos me parece até ingenuidade.

Temos dois jogos pela frente que, com certeza, serão decisivos para determinar o remédio a ser usado. Se perdermos para o Flamengo e o clássico, a receita já estará escrita.

À torcida, só interessa a cura. Amamos o Cruzeiro independentemente de quem esteja jogando, presidindo ou dirigindo o time. Queremos é respeito à instituição que nos faz sonhar, sorrir, chorar e vestir o manto azul estrelado com muito orgulho. A paciência com tantos erros dentro e fora de campo está acabando.

840 visitas - Fonte: superesportes.com.br




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