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1/6/2015 08:22

Cruzeiro: um time desatento dentro e fora de campo

Cruzeiro: um time desatento dentro e fora de campo
O cenário ainda não é desesperador, mas o time do Cruzeiro precisa se concentrar e buscar forças para voltar a jogar

Sabe aquela expressão de que o tempo passa rápido? Pois bem, parece que foi ontem que 2015 começou e agora já estamos no mês de junho. E entrando no sexto mês do ano, o Cruzeiro segue sem um time, sem um padrão de jogo, sem um diretor de futebol e sem expectativas para o resto da temporada.

Não sou da ala dos torcedores do apoio incondicional ou dos que tudo está ruim. Mas posso afirmar que não está nem um pouco bom! Os erros começaram antes mesmo desta temporada iniciar, como deixar um diretor de futebol de aviso prévio e ele levar quase todas as contratações pedidas pelo Marcelo Oliveira para o Palestra Itália paulista. Ou vocês não sabiam ou não lembram que Robinho, Cleyton Xavier e Arouca foram pedidos pelo Marcelo Oliveira?

Como escrevi semana passada, o certame nacional iria começar para o Cruzeiro apenas na quarta rodada. E começou da pior forma possível. Fora isso, os números mostram que as coisas não vão bem no atual bicampeão brasileiro. A Raposa nos 12 últimos jogos soma 3 vitórias, 2 empates e 7 derrotas. Como escreveu o meu amigo twitteiro Eden, se esse não é o momento de alguém da diretoria cobrar, não sei quando será.

A torcida reconhece os acertos da diretoria nas duas últimas temporadas, mas também cobra pelas falhas neste ano de 2015. Se desmanchar o time foi preciso para restabelecer a saúde financeira do clube, que fale abertamente com a torcida e não fique com esse papo de que "o Cruzeiro está no mercado atrás de um meia". Essa conversa só não cansou e desgastou entre a torcida, como já é motivo de ira entre a maioria da China Azul.


De Arrascaeta foi, mais uma vez, presa fácil para a marcação adversária; esperança da torcida celeste é que o jogador faça uma boa Copa América e volte para ajudar ao time

Antes e depois da partida contra o Figueirense, o discurso de diretoria, comissão e jogadores é de que o grupo é bom e que não há crise no Cruzeiro. Concordo com essas duas falas. O plantel celeste realmente é qualificado. Temos um amigo do homem lá de cima embaixo das traves; nas laterais contamos com vários jogadores das mais variadas características; e lá na frente temos tantos jogadores de ataque que até estamos empestando para outras equipes. O buraco está no meio. Precisamos, sim, de um meia e de um volante de qualidade. Essas duas contratações mudariam a cara desse Cruzeiro.

Os problemas no Cruzeiro seguem ao bom e velho estimo bola de neve. O time foi desmanchado > perdemos o diretor de futebol > as contratações feitas foram aquém do esperado > a equipe não dá liga > os resultados positivos não aparecem. A verdade é que, em vez de evoluir com o tempo, esse time do Cruzeiro está regredindo. Caso não haja um entendimento e um trabalho entre direção e comissão técnica, temo que a corta rompa para o lado mais exposto e Marcelo Oliveira, o menos responsável pelas falhas e pelos erros desse planejamento de 2015, sofra com a dança das cadeiras.


É fácil cobrar do treinador azul testar e colocar em campo variações táticas e jogadas ensaiadas, para de alguma forma eximi-lo da culpa. Mas vocês viram como estava o banco de reservas do Cruzeiro na partida contra o Figueira? Vendo Fabiano, Charles, Joel, Neilton e Henrique Dourado, não há muitas saídas ou o que fazer!

O abatimento e a apatia no Orlando Scarpelli eram visíveis na equipe celeste. Mas um time da grandeza e da história do Cruzeiro não se pode deixar abalar por tropeços. Só ganha e perde quem entra na disputa. E perder faz parte do jogo. O que não pode acontecer é não lutar pela vitória.


A primeira grande medida para retornamos o caminho do triunfo e não perder o ano - pois o primeiro semestre parece que até agora não serviu para nada - é a diretoria (vulgo o presidente Gilvan de Pinho Tavares) vestir as sandálias da humildade e anunciar o quanto antes o nome de um novo diretor de futebol.

Este começo de ano já mostrou que o próprio GPT não consegue administrar o clube e o departamento de futebol ao mesmo tempo. Valdir Barbosa e Benecy Queiroz são dois retrógrados e que mais atrapalham do que ajudam nesta função.


Os nomes existem no mercado e uma solução poderia estar em uma prata da casa. Espero que a diretoria pare de vacilar como a zaga do Cruzeiro nas bolas paradas contra o Figueirense e fique atenta, antes que a situação no Brasileirão passe a ser dramática.

1332 visitas - Fonte: ESPN




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