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1/6/2015 08:19

Quando nada dá certo

Na terceira derrota no Brasileiro, Cruzeiro cai diante do Figueirense fora de casa e amarga a vice-lanterna. Time pecou nas finalizações e foi displicente na marcação

Quando nada dá certo
Nem mesmo a entrada de Alisson, na segunda etapa, fez a postura da Raposa mudar em campo: erros em série

Por mais traumática que tenha sido a eliminação da Copa Libertadores pelo River Plate, o Cruzeiro esperava começar a dar a volta por cima diante do Figueirense, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Não aconteceu. O bicampeão brasileiro amarga a vice-lanterna da competição depois de perder em Florianópolis, no Estádio Orlando Scarpelli, por 2 a 1. Em quatro jogos, foram três derrotas e um empate no torneio nacional. Não faltou entrega, mas sobrou ineficiência. A reabilitação agora fica para o duelo contra o Flamengo, no Mineirão, quarta-feira, e em seguida o clássico contra o Atlético, sábado, no Independência. O confronto diante do rival, independentemente dos resultados anteriores, pode significar redenção ou fiasco, já que a equipe celeste não vence o alvinegro há 11 duelos, jejum que virou dor de cabeça e pressão sobre o treinador, jogadores e diretoria.

“Faltou tranquilidade”, esta foi a avaliação do goleiro Fábio e do atacante Marquinhos sobre o desempenho no primeiro tempo, em que o time empatava por 1 a 1. Diante de um adversário limitado tecnicamente, houve excesso de erros de finalização e pouca criatividade na armação, apesar da superioridade celeste.

Foi um início ruim, com o jogo das equipes concentrado no meio-campo. Faltava qualidade no último passe, e jogadas ofensivas de qualidade foram esporádicas. Mesmo assim, o Cruzeiro dominava a partida, com mais posse de bola e chutes a gol, principalmente com Leandro Damião. Levou perigo numa cabeçada de De Arrascaeta, que hoje se apresenta à Seleção Uruguaia.

Se o ataque pecava na conclusão, a defesa cruzeirense mostrou instabilidade. Bruno Rodrigo era envolvido em algumas jogadas, enquanto a marcação sofria com os lances de bola aérea. Mas Fábio garantia a segurança (ontem, ele completou 631 partidas com a camisa azul). Assim, o Cruzeiro, apesar de maior volume de jogo, não traduzia suas ações em lances de perigo. A equipe celeste até que envolvia o Figueirense, já que tinha espaço, principalmente pela esquerda. O problema é que essa liberdade não era traduzida a favor dos comandados do técnico Marcelo Oliveira. Ora esbarrava na marcação, ora nas finalizações erradas.

O Cruzeiro procurou o jogo, mas foi castigado com o gol de cabeça do zagueiro Marquinhos, depois de cobrança de escanteio. Mas, para fazer justiça, a equipe celeste foi recompensada por sua luta e empatou, também de cabeça, com Henrique.

BOLA AÉREA Em Florianópolis, com praticamente o mesmo time que foi goleado pelos argentinos do River por 3 a 0 (a única mudança foi a entrada de Pará no lugar de Mena, que está com a Seleção Chilena que se prepara para a Copa América), a Raposa voltou para o segundo tempo atrás da tal tranquilidade. Mas logo aos 5min, após cobrança de falta para dentro da área, Marquinhos desviou de cabeça e Carlos Alberto girou e chutou forte e rasteiro no canto esquerdo. Mais uma vez o Cruzeiro sendo obrigado a lidar com sua frágil defesa e Fábio tentando salvar.

À frente no placar, os catarinenses passaram a sufocar os cruzeirenses em arremates de Clayton e Marcão. E o time celeste continuava a desperdiçar oportunidades com Henrique e Manoel ou parava no goleiro Alex Muralha, que fez jus ao nome.

Não faltou luta. A maré não é mesmo das melhores para o time da Toca. Até jogador no banco de reserva foi expulso, caso de Willians, que tinha recebido amarelo (seria o terceiro), mas acabou expulso por reclamação. Cumpre suspensão contra Flamengo e continua pendurado diante do Atlético. A impressão é de que nada se encaixa e o trabalho não aparece em campo. E o Cruzeiro e sua torcida sofrem.


FIGUEIRENSE 2 x 1 CRUZEIRO

Figueirense
Alex Muralha; Leandro Silva, Bruno Alves, Marquinhos e Marcos Pedroso (Cereceda 34 do 1º); Ricardinho, Paulo Roberto, Fabinho e Rafael Bastos (Carlos Alberto, 26 do 1º; Yago 33 do 2º); Marcão e Clayton
Técnico: Argel Fucks

Cruzeiro
Fábio; Mayke, Manoel, Bruno Rodrigo e Pará; Willians (Charles, intervalo; Joel 33 do 2º), Henrique, Marquinhos, De Arrascaeta e Willian (Alisson, 15 do 2º); Leandro Damião
Técnico: Marcelo Oliveira

Estádio: Orlando Scarpelli (Florianópolis)
Gol: Marquinhos 35, Henrique 40 do 1º; Carlos Alberto 5 do 2º
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Jesmar Benedito Miranda de Pauta e Evandro Gomes Ferreira (GO)
Cartão amarelo: Leandro Damião, Marquinhos, Willian, Charles, Mayke, Henrique, Marcão
Cartão vermelho: Willians
Pagantes: 6.211
Renda: R$ 83.140

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