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16/5/2015 07:41

Acesso complicado

Acesso complicado
Na quarta, a bola já rolava e a movimentação ainda era intensa nos portões destinados à torcida celeste

Não bastassem as emoções em campo, os torcedores do Cruzeiro também têm sofrido para ir aos jogos. Entrar no estádio em dia de partidas importantes, desde a reinauguração do Mineirão, é uma aventura desagradável para boa parte dos cruzeirenses. Carlos Henrique Torres conta a saga dele no jogo de quarta, contra o São Paulo: “Saímos de casa, no Santo Agostinho, por volta de 17h, mas somente conseguimos entrar no estádio às 19h27. O trânsito intenso daquele horário, entretanto, não foi o motivo, porque gastamos pouco mais de 30 minutos. Os problemas começaram no entorno”.

A impressão é de que, a cada jogo, os órgãos responsáveis pela organização e realização do evento tomam decisões diferentes. “Sempre que há jogos no Mineirão a BHTrans faz questão de inviabilizar o acesso dos torcedores, mudando vias e proibindo o acesso às entradas dos estacionamentos”, diz André Luiz Martins. “Eu entrei com 20 minutos do primeiro tempo e lá fora tinha um mar de gente entrando, sem contar a quantidade de carros ainda ao redor do estádio”, prossegue.

Jailtom Amaral reclama que “fecharam o acesso aos torcedores a um determinado portão, fazendo com que todos dessem a volta no estádio, por causa da torcida adversária. Isso não acontece em outros estádios”. Edson Baeta ironiza: “Percebe-se com esse tipo de ‘organização’, que preferem trazer dificuldades para as dezenas de milhares de torcedores do Cruzeiro do que aos minguados visitantes. Somos, de fato, ótimos ‘anfitriões’”.

Nem os funcionários da Minas Arena parecem estar preparados, como revela Carlos Henrique Torres: “Paramos o carro no Mineirinho e tivemos de passar no meio das torcidas organizadas do São Paulo. No Mineirão, uma daquelas pessoas com jalecos ‘Posso ajudar?’ nos indicou que teríamos fácil acesso ao setor B se ingressássemos pela Av. Abraão Caram. Contudo, não foi o que aconteceu, tivemos que dar uma volta completa no estádio porque colocaram tapumes metálicos para isolar o acesso da torcida rival. Depois desses sustos e aborrecimentos, conseguimos alcançar nossas cadeiras faltando apenas um minuto para o início da partida.”

A situação é ainda mais paradoxal quando se trata dos sócios-torcedores. Tendo assento marcado no estádio, poderiam se dar ao luxo de chegar perto do início da partida. Mas são obrigados a se dirigir ao Mineirão horas antes para garantir lugar no estacionamento. O estádio velho tinha mais de 5.500 vagas. Atualmente, são apenas 2.800. E parar no entorno é proibido. A concepção do projeto do novo Mineirão teve ilusões europeias. “As vagas no estádio diminuíram drasticamente com a reforma para a Copa e não há transporte público eficaz para suprir a demanda de carros e pessoas que vão ao evento”, constata ndré Luiz Martins.

Estacionamento No jogo contra o São Paulo, a falta de vagas foi ainda pior. Cerca de 800 vagas do estacionamento foram bloqueadas para um evento de gastronomia. “O estacionamento tinha sido reduzido por conta de uma festa que será realizada ali no próximo sábado. Não havia qualquer placa de sinalização indicando o fechamento da principal entrada do estacionamento. Não é possível que ninguém perceba que isso tudo prejudica o torcedor, mas causa maiores prejuízos ao Cruzeiro que vê sua renda de bilheteria diminuir, já que os torcedores se sentem inibidos a frequentar o estádio com toda sorte de dificuldades que têm de enfrentar para assistir jogos, quando muitos podem fazê-lo no conforto de suas casas”, diz Edson Baeta.

861 visitas - Fonte: Superesportes




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