Ceni cumprimenta Fábio após jogo entre São Paulo e Cruzeiro em Minas (Foto: Gil Leonardi)

Rogério Ceni virou um fantasma na carreira de Fábio. Todo mundo está cansado de saber que o camisa 1 do Cruzeiro é a maior vítima do maior goleiro-artilheiro da história. Mas a sina é tão grande que, mesmo quando parece batido, o assunto ganha um ingrediente para voltar à luz: se marcar quarta-feira contra Fábio, Ceni entrará para a lista dos dez maiores artilheiros do São Paulo.

O cruzeirense sofreu sete (seis pelo Cruzeiro e um pelo Vasco), dos 127 gols anotados pelo Mito tricolor. Ceni fez só um a menos do que Raí, o décimo colocado e outra lenda do São Paulo. Quatro dos gols do goleiro foram este ano, todos no Campeonato Paulista.

O último foi de falta no dia 11 de abril, na vitória por 3 a 0 sobre o Red Bull Brasil, pelas quartas de final do Estadual. Depois, houve mais duas partidas do São Paulo (Santos e Corinthians), mas nenhuma falta nem pênalti para Ceni. Destino?

Para Fábio não ficar (mais) marcado, não basta passar ileso quarta, quando São Paulo e Cruzeiro começarão a decidir uma vaga nas quartas de final da Libertadores. Pois Ceni pode ter nova chance, na outra quarta, no jogo de volta. Antes, estreia no Campeonato Brasileiro, no domingo, contra o Flamengo.

De qualquer forma, Fábio continuará não gostando dos fatos. Ano passado, no último duelo entre os times, ele se irritou após ser vazado de pênalti por Ceni no Morumbi, na vitória do São Paulo por 2 a 0.

– Todas vez que eu vou jogar com o Rogério vem essa historinha. Não tenho essa vaidade. Se tivesse tomado oito ou dez gols dele, mas o Cruzeiro tivesse vencido, isso que seria importante – disse.

Já Rogério também nunca deu muita importância ao confronto pessoal. Mas desta vez não se trata de “historinha” e, sim, de colocar ainda mais o nome na história do São Paulo. Azar de Fábio...