Marcelo destaca que ainda cuida da formação do time (Foto: Washington Alves/Light Press)

O Cruzeiro já está classificado para as semifinais do Campeonato Mineiro, o que não quer dizer que o trabalho do técnico Marcelo Oliveira esteja ficando mais fácil. Finalizando o mês de março, o comandante ainda trabalha para dar entrosamento e qualidade à equipe celeste em 2015. E, embora o time não esteja apresentando um futebol vistoso, como aconteceu no Cruzeiro nas duas últimas temporadas, Marcelo Oliveira ressalta o comprometimento de seus atletas.

- Temos um grupo muito competitivo, que não desiste nunca. Ficou claro no jogo do América-MG, com as dificuldades que tivemos, no jogo do Mineros, e também contra o Mamoré. É um grupo que trabalha muito e é muito comprometido. O que estamos cuidando é de formar time, e um bom time tem equilíbrio entre a defesa e o ataque, agilidade, uma marcação mais encurtada, mais firme, e ainda se movimentar muito, porque qualquer time que jogar com o Cruzeiro vai jogar fechado. Até o clássico (com o Atlético-MG) foi assim.

O técnico reforça o coro de que a falta de entrosamento é o motivo do mau rendimento no Mineirão, e também reforça que os adversários se fecham ao enfrentar o Cruzeiro no Gigante da Pampulha. Mas lembra que, mesmo assim, o time segue líder invicto, tanto do Mineiro quanto na Libertadores.

- É um time novo, que ainda não tem entrosamento ideal e está sempre mudando. Seja por contusão, por convocação. E enfrenta adversários absolutamente fechados. Isso gera dificuldades, porque o jogador não enxerga o posicionamento do colega. Por mais que falem que o Cruzeiro não está ajustado, e não está mesmo, sei que temos um aproveitamento menor no Mineirão do que em outras épocas, mas, mesmo assim, estamos sustentando a liderança invicta nas duas competições. E isso é positivo, fortalece e dá tranquilidade para modificar algumas situações.

Uma das coisas que o treinador espera intensificar são as cobranças de falta e os cruzamentos. O treinador enxerga no jovem Marcos Vinicius a esperança de ter um bom batedor de faltas, e ressalta que tem se irritado bastante com os cruzamentos errados.

- Alias, é um problema que temos desde 2013 (ausência de cobrador de faltas). Fizemos na verdade pouquíssimos gols de faltas, embora com duas campanhas excelentes. Mas as jogadas eram construídas em bola de movimentação, escanteios, bolas aéreas. No último jogo eu fiquei mais cuidadoso, pois não só não tínhamos a bola frontal, mas também erramos cruzamentos, e me irrita muito jogador não conseguir meter a bola na aérea. Às vezes a bola sai baixa e não era jogada ensaiada, era porque cobramos mal. São fundamentos que estamos trabalhando e precisamos melhorar. E o cobrador de falta frontal tem que ser aliado ao dom do jogador com o bom treinamento. Acho eu que até o Marcos Vinicius, se treinar bem, pode assumir essa função.