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27/3/2015 19:45

Como era a vida de Damião quando era 'pobre' de verdade

Como era a vida de Damião quando era pobre de verdade
EDUARDO VALENTE/GAZETA PRESS

Após viver uma fase tenebrosa no Santos, Leandro Damião reencontrou o caminho das redes no Cruzeiro. Pelo time mineiro, são oito gols em oito jogos no Estadual, mais um tento na Libertadores, com lances que fazer lembrar o jogador que já foi titular da seleção brasileira. Mas se hoje o camisa 9 é goleador e ganha um salário estelar de R$ 650 mil, é porque passou com sucesso por todas as agruras dos tempos de início de carreira, quando o dinheiro mal dava para pagar um cafezinho.

São os tempos em que Damião era pobre de verdade, como alegou no início deste ano, em processo movido contra o Santos. Na Justiça, já depois de acumular ganhos suntuoso em Internacional e na própria equipe paulista, o atacante tentava convencer o juiz a ser dispensado dos gastos do processo, já que estava sem receber salários.

Os episódios do início de carreira são lembrados por contam ex-companheiros de equipe e o primeiro treinador do centroavante, conhecido pelo jeitão simples e pela perseverança. Segundo um de seus primeiros amigos no futebol, o atacante Edison Tarabai, nos tempos de Marcílio Dias, em Santa Catarina, Damião, que na época era conhecido como Leandrão, era frequentador costumaz de uma lan house próxima da concentração, mas tinha que contar moedas para conseguir bancar a hora no local.

"A gente era 'durango', mas gostava de usar computador da lan house do shopping e jogar uns joguinhos, ou pra conversar com os parentes e amigos. Nossa rotina era essa, porque não tinha nada pra fazer no alojamento (risos). A gente dava uma volta, tomava um cappuccino, depois pegava nossa pochete, pagava o computador, voltava pra casa e ia treinar (risos)", conta Tarabai, hoje no futebol sul-coreano, à Rádio ESPN.

Nessa época, Leandrão não tinha carro, a grande paixão do boleiro. O jeito era pegar caronas com o goleiro alemão Lutz Pfannenstiel, o único atleta que até hoje atuou nos cinco 'continentes' da Fifa. O europeu autou pelo Atlético Ibirama, clube no qual Damião começou a carreira, em 2008, e já via no centroavante um jogador de futuro, mas sem imaginar que um dia ele estaria atuando pelos grandes clubes do futebol brasileiro.

"Naquela época, ele era um garoto muito talentoso, rápido, forte, bom no jogo aéreo. Mas tenho que ser honesto: ele era apenas uma 'criança', é claro que eu via que ele tinha algo de especial, mas nunca poderia prever que, dois anos depois, ele estaria jogando pela seleção. Lembro-me dele sentado perto de mim no vestiário, a gente almoçava junto todo dia, eu dava carona para o treino, porque ele não tinha carro! É um cara muito bom e um grande amigo", lembra, ao ESPN.com.br.

Muito elogiado pelo temperamento pacato e amistoso, Damião também é exaltado por Edison Tarabai por outras duas coisas: a perseverança para buscar a titularidade que demorou a vir no início da carreira e também a fidelidade à esposa, Nádia Santos, apontada como um dos pilares da vida do centroavante.

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