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9/3/2015 17:16

Ídolos avaliam início irregular de Arrascaeta e opinam: falta um parceiro na armação

Uruguaio tem tido dificuldades de adaptação ao futebol brasileiro

Ídolos avaliam início irregular de Arrascaeta e opinam: falta um parceiro na armação
Arrascaeta tem começo irregular no Cruzeiro, mas tem a confiança do técnico Marcelo Oliveira/ Thiago Madureira /Superesportes

O armador uruguaio Arrascaeta tem apenas 20 anos, mas já carrega um desafio hercúleo: comandar o meio-campo do Cruzeiro em meio a um processo de reformulação do time. Principal contratação para a temporada 2015, o uruguaio ainda encontra dificuldades de adaptação. Em campo, tem sido discreto e pouco participativo.

Com a camisa celeste, Arrascaeta atuou em três partidas do Campeonato Mineiro (Guarani, Boa Esporte e Atlético) e duas da Copa Libertadores (Universitario e Huracán). Foi autor de uma assistência, mas ainda não balançou as redes.

A avaliação para quem acompanha o futebol do uruguaio é tática: falta ao Cruzeiro um outro meio-campo para jogar mais próximo e dividir com ele a responsabilidade da criação de jogadas.

Também uruguaio, o ex-jogador do Cruzeiro Revetria relembra a parceria entre Arrascaeta e o brasileiro Felipe Gedoz no Defensor, na temporada passada. “Arrascaeta atua muito bem ao lado de outro meia, formando parcerias. Foi assim com o Gedoz. São dois meias rápidos e que fazem o jogo fluir”, destaca.

Revetria frisa que é preciso ter paciência com jovem meia uruguaio: “Toda mudança tem seu período de adaptação. Ele é um jogador muito jovem e precisa de tempo para entender o futebol brasileiro, se adaptar ao Cruzeiro. São muitas coisas na cabeça de um menino de 20 anos”, observa o ex-atacante celeste, que viveu situação parecida em 1977.

Naquela ocasião, comprado pelo Cruzeiro, Revetria chegou a Minas Gerais com 21 anos. Ele, contudo, já era casado e pai de um filho. “Pra mim foi mais fácil. Belo Horizonte era outra cidade, bem menor. Apesar da idade já era maduro. Mas também tive minhas dificuldades. Conversava muito com o Nelinho e com o Joãozinho para me integrar cada vez mais rápido”, conta.

Especialista na posição, o ex-jogador Dirceu Lopes também segue a mesma linha de raciocínio de Revétria. Para ele, o uruguaio está sobrecarregado. “Arrascaeta precisa de um parceiro no meio. Um jogador para fazer tabelas, infiltrações e jogadas rápidas. A armação não pode ser de responsabilidade apenas dele”, afirma.

Protagonista em grandes conquistas do Cruzeiro, como o Campeonato Brasileiro de 1966, Dirceu Lopes relembra a dupla que fazia com Tostão e compara com o cenário celeste atual.

“Claro que são momentos diferentes, mas na minha época tinha eu e o Tostão, por exemplo. Quando eu não estava bem, o Tostão chamava o jogo. Eu fazia o mesmo quando ele estava mal”, diz. “No ano passado, tinha o Everton Ribeiro e o Ricardo Goulart. Estavam sempre, cada um na sua característica, fazendo o jogo do Cruzeiro crescer”, completa.

A necessidade de Arrascaeta jogar ao lado de outro armador foi destacada também pelo antigo companheiro Gedoz, em entrevista ao Superesportes em janeiro: “Ele parte do meio com a bola dominada. Quando jogávamos juntos principalmente. Ele gosta muito de fazer o ‘1,2’ e nós sabíamos fazer muito bem. Mas ele gosta de partir com a bola dominada. Dá excelentes passes e quando tem oportunidade para finalizar, não perde chance. Finaliza muito bem”, explica.

O Cruzeiro está ciente dessa lacuna no elenco. Em vários momentos, o técnico Marcelo Oliveira sublinhou a necessidade de mais um meio no elenco. Para a posição, a diretoria celeste tentou o próprio Gedoz, mas se assustou com a pedida do Club Brugge, da Bélgica. Wagner, do Fluminense, também entrou na pauta, mas foi descartado.

Crédito no Cruzeiro e na Seleção Uruguaia

Mesmo com um começo irregular, Arrascaeta ainda tem crédito tanto no Cruzeiro como na Seleção Uruguaia. Ele foi convocado nesta segunda-feira para amistoso no próximo dia 28 de março, no Marrocos. Com a convocação, ele desfalcará o Cruzeiro em jogos pelo Campeonato Mineiro.

Apesar de admitir as dificuldades vividas pelo uruguaio, o técnico Marcelo Oliveira acredita na superação deste momento difícil. “Se ficarmos falando muito dele (Arrascaeta) cria-se uma situação junto ao torcedor. Ele está no processo de adaptação, jogador tímido e que fala pouco, não entende tudo, temos que conversar mais na língua dele. Está chegando a um grande clube com uma expectativa imensa de grande futebol. Já passei por essa situação e outros também, não tem nada de sofrimento, é só encaixar um grande jogo, ele vai superar isso, tenho absoluta certeza”, frisou.

2232 visitas - Fonte: Super Esporte




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