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8/3/2015 12:57

Negócio da China?! Tardelli e Goulart 'fazem mágica' e fortalecem amizade

Principais jogadores do Brasil em 2014, Tardelli e Goulart têm feitos 'mágicos' em pouco mais de um mês na China. Dupla desbrava pontos turísticos e se une 'no mesmo barco'

Negócio da China?! Tardelli e Goulart fazem mágica e fortalecem amizade
Diego Tardelli e Ricardo Goulart se destacam na China (Fotos: Instagram e Guangzhou Evergrande)

Fisgados por propostas milionárias, Diego Tardelli e Ricardo Goulart deixaram para trás as ótimas passagens por Atlético-MG e Cruzeiro e partiram rumo à China. Problema? Nem de longe! Há um mês e meio no país oriental, o atacante do Shandong Luneng foi campeão da Supercopa da China; o meia do Guangzhou Evergrande anotou quatro gols em dois jogos e é artilheiro da Liga dos Campeões da Ásia.

Extracampo, os brazucas também curtem o novo momento de suas vidas. O time de Tardelli fica em Jihan (nordeste do país); o de Goulart, em Guangzhou (sudeste). Cidades nem tão grandes, mas próximas de famosos centros turísticos. Os craques recém-chegados não são bobos, e já tratam de se aventurar!

– Xangai e Pequim são próximas e têm muitas coisas. São modernas, com restaurantes brasileiros e churrascarias. Ali parece o Brasil. Lembra São Paulo e Nova Iorque – comentou o jogador ex-Atlético-MG.

– Ainda não deu tempo de ver nada inesperado. Estou conhecendo o país, estive em Hong Kong e, por enquanto, tudo parece legal – acrescentou o meia ex-Cruzeiro.
Colegas de Seleção em algumas das convocações de Dunga no ano passado, Goulart e Tardelli já eram amigos nos tempos de Raposa e Galo. Longe da forte rivalidade do futebol mineiro, os brasileiros seguem adversários na China (jogam nos dois principais clubes da Super Liga Chinesa). O exílio no Oriente, porém, só ajuda a fortalecer a já boa relação entre os jogadores.

– Existe a rivalidade entre os clubes aqui, como no Brasil. É algo comum no futebol. Mas isso não significa que somos inimigos. Ele tem meu respeito, servimos até a Seleção juntos – disse Goulart.

– Não temos rivalidade entre nós, os atletas. Torço pra que dê tudo certo pra ele. Estamos todos na mesma barca, né? De vez em quando a gente se fala – disse Tardelli.
Juntos, Tardelli e Goulart foram vendidos por R$ 65 milhões. O primeiro, 29 anos, saiu do Atlético-MG por cerca de R$ 17 milhões. O segundo, 23 anos, deixou o Cruzeiro por aproximadamente R$ 48 milhões (contratação mais cara da história do futebol chinês).

OLHOS BEM ABERTOS

Engana-se quem acha que jogar na China significa perder espaço na Seleção Brasileira. Ao menos é o que apostam Diego Tardelli e Ricardo Goulart. O atacante, convocado na mais recente lista de Dunga, está confiante para seguir em alta.

– Tenho que estar preparado. Apesar de ser um campeonato meio
escondido, só quem joga aqui sabe que é difícil – disse.
Já Goulart, eleito craque do Brasileirão-14, crê em Dunga. Para amistosos de março, ele não foi chamado. Há boas chances, contudo, de ele voltar na próxima lista (da Copa América).

– Vi declaração do Dunga falando que está olhando todos. Isso me deixa tranquilo e motivado – afirmou o meia.

CONFIRA ABAIXO O BATE-BOLA DO LANCE! COM DIEGO TARDELLI E RICARDO GOULART

LANCE!: Como estão sendo seus primeiros dias na China?

Diego Tardelli: Eu tinha uma impressão totalmente diferente. Existem cidades ruins e boas, então jogar na China pode ser ruim para uns e bom para outros. Comigo foi super de boa. Aqui em Jinan, é cidade grande. Mas não tem tantas coisas para fazer. Xangai e Pequim são próximas até e tem muitas coisas.

São cidades modernas, cheias de lojas, pontos turísticos, restaurantes brasileiros, churrascarias, cozinha internacional... Ali parece que estamos no Brasil. É bem parecido com São Paulo e Nova Iorque.

Ricardo Goulart: Estou há pouco tempo aqui. Ainda não deu tempo de ver nada inesperado. Estou conhecendo o país, estive em Hong Kong e, por enquanto, tudo parece legal.

Procuramos nos adaptar da melhor maneira possível, pois é uma cultura completamente diferente do que estamos acostumados no Brasil. Mas com algumas adaptações dá para viver bem. A maior dificuldade com certeza é a língua. Apesar de o clube nos dar suporte com os tradutores, às vezes para resolver algo particular fica mais difícil. São poucos que falam inglês e por muitas vezes tem que ligar para o tradutor socorrer. O bom é que temos mais três brasileiros aqui, daí acabamos conseguindo um entrosamento legal dentro e fora de campo. Eles já estão há algum tempo aqui e me passam dicas.

LANCE!: O que mais te atraiu para aceitar a proposta para jogar na China?

Diego Tardelli: Estou super adaptado à China. Tinha vindo aqui já com Seleção e Atlético-MG, então já sabia mais ou menos como era o futebol chinês. Naquela época, já se pagava um bom salário. Pesou mais esse lado, financeiro, futuro meu, da minha esposa, dos meus filhos. Pesou por esse lado.

Ricardo Goulart: Novas experiências. Optei por vir porque foi uma boa proposta, hoje o futebol chinês é visto em toda parte do mundo, o Guangzhou é um time que sempre briga por títulos, tenho esse espírito competitivo e me identifiquei com as características do clube. Aproveitei a oportunidade, ainda sou novo, tenho minha esposa que é minha companheira e não temos filhos, o que seria uma preocupação. Estou fazendo o meu melhor aqui e creio que não ficarei esquecido, diferentemente do que muitos dizem.

LANCE!: Jogar na China atrapalha possíveis convocações à Seleção Brasileira?

Diego Tardelli: É fazer o que vinha fazendo no ano passado, atuando bem nos jogos. Já deixei impressão boa na Seleção. Tenho que estar preparado. Apesar de ser um campeonato meio escondido, só quem joga aqui e sabe que é complicado, é difícil. Tem a Liga dos Campeões também que me deixa num ritmo bom para a Seleção. Esse é meu foco, ser convocado e fazer o de sempre.

Ricardo Goulart: O Dunga sabe da capacidade de cada jogador, e não é jogando na China ou em qualquer outro lugar que eu mudaria meu estilo de jogo. O meu papel é fazer o que sempre fiz, que é me dedicar e dar o meu máximo sempre. Assim, acredito que, independentemente do lugar, estarei fazendo o mesmo para ser chamado. Vi uma declaração do Dunga, falando que está olhando todos, e isso me deixa tranquilo e motivado para manter o objetivo de seguir na Seleção.

LANCE!: Como é sua relação com seu ex-clube? E entre vocês? Conversam, são 'inimigos'...?

Diego Tardelli: Continuo acompanhando quando dá. A internet aqui é complicada. Vários sites são bloqueados. Quando dá, entro sim na página do Atlético-MG.Tem uma rede social que uso para me comunicar com torcedores. Ficamos longe do pessoal, mas o carinho é recíproco, mesmo do outro lado do mundo. Falo com os jogadores do Atlético-MG no nosso grupo no Whatsapp. Não me desliguei do Atlético-MG ainda. O carinho é grande. A gente se falou. Nosso time foi campeão sobre o time do Goulart. Mas não temos rivalidade entre nós. Tanto que torço para que dê tudo certo para ele. Estamos todos na mesma barca, né? De vez em quando a gente se fala. Falei com ele no dia do jogo (final da Super Copa da China, entre Shandong Luneng e Guangzhou Evergrande). Mandei mensagem para ele agora quando ele fez gol. Fizemos amizade na Seleção quando ele foi convocado. Ele foi quem fiquei mais próximo na Selação. A rivalidade é somente entre Atlético-MG e Cruzeiro.

Ricardo Goulart: Sim, acompanho o Cruzeiro pelos sites de esportes e tenho um grande carinho pelo clube por tudo que fizeram por mim. Tive apenas oportunidade de conversar com o Tardelli no jogo em que jogamos contra. Existe sim aqui a rivalidade entre os times como no Brasil, é algo comum no futebol e cada um defende a sua camisa. Mas isso não significa que somos inimigos. Ele tem meu respeito, pois somos profissionais e servimos a Seleção juntos.

2400 visitas - Fonte: LANCE!Net




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