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19/2/2015 11:25

O novo dono da estrela

Na esteira de uma tradição de xerifes no Cruzeiro, o zagueiro Paulo André diz que está pronto para a missão, mas vê outros líderes no grupo. Estreia pode ser diante do Boa

O novo dono da estrela
O torcedor do Cruzeiro poderá presenciar no sábado, diante do Boa, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro, o início de uma nova era na equipe. Aguardando apenas ter o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, o zagueiro Paulo André vem treinando entre os titulares e deverá começar a exercer a liderança desejada pela comissão técnica, algo necessário principalmente em competições como a Copa Libertadores.

Em outros momentos de sua vitoriosa história, a Raposa teve atletas que comandaram os companheiros dentro e fora de campo. Foi assim, por exemplo, na conquista de seu primeiro título nacional, a Taça Brasil de 1966, quando Piazza, mesmo ainda jovem, era responsável pela organização do grupo, sobretudo no que se refere à defesa e à saída de bola. Ou com o craque Alex, que liderou o time na conquista da Tríplice Coroa em 2003.

Em alguns momentos, essa missão foi dividida, como em 1997, ano da conquista da segunda Libertadores pelo Cruzeiro. A Raposa tinha atletas como o zagueiro Wilson Gottardo e o lateral-esquerdo Nonato, símbolos para os companheiros, especialmente momentos de superação.

Mesmo se sentindo pronto para liderar sozinho, caso seja preciso, Paulo André – campeão da Libertadores e Mundial em 2012 pelo Corinthians – acredita que agora isso se repetirá. Afinal, acabou de chegar: “Há uma hierarquia no grupo e quem tem mais tempo de casa acaba exercendo mais a liderança. Sei que o Dedé (contundido) fala bastante, o Henrique também, de forma diferente, mais particular; o próprio Leo chama a atenção dos companheiros. São vários atletas para preencher o requisito da liderança, sendo ou não capitão”.

Apesar de ter sido apresentado há pouco mais de uma semana, ele se sente em condições de atuar, caso seja realmente escalado. Até porque precisa ganhar ritmo de jogo visando à competição continental, cujo primeiro compromisso será diante do Universitario de Sucre-BOL, quarta-feira, fora de casa. “Devido ao carnaval, atrasou um pouco a transferência, mas torço para que tudo se resolva logo e possa estrear. Se for opção do Marcelo Oliveira, vou procurar fazer o melhor para agarrar esta oportunidade”, afirma o defensor de 31 anos, que treinou um pouco mais que os companheiros justamente para ficar no mesmo nível dos demais. “O trabalho tem sido intenso. Treinei no sábado e voltei na segunda com o resto do pessoal, pois quanto mais rápido ganhar ritmo, melhor para mim, melhor para a equipe.”

O zagueiro vem se sentindo muito à vontade na Toca da Raposa II, até por ter sido bem recebido. Com isso, acredita que a adaptação será bem mais fácil. “O Marcelo (Oliveira, técnico) cobra bastante posicionamento, que eu oriente os demais atletas, fale bastante em campo. Já notei tratar-se de um time técnico, que gosta de sair tocando bem a bola. Estou me sentindo bem, e agora é procurar me encaixar na equipe”, diz ele, que acredita ter havido evolução do penúltimo para o último jogo do Cruzeiro no Campeonato Mineiro – empate com a Caldense, no Mineirão, e vitória sobre o Guarani, em Nova Serrana.

ENTROSAMENTO Nos treinos desta semana, Paulo André tem formado dupla de zaga com Leo. Para que tudo saia como desejado neste início da parceria, eles têm conversado bastante. “Tem de ser assim mesmo, pois entrosamento se ganha jogando e também falando. Temos procurado acertar posicionamento, a hora de sair, de entrar. Já estamos nos entendendo bem.”

A concorrência, porém, é grande. Ontem, Bruno Rodrigo, recuperado de pancada no ombro, voltou a treinar. Já Manoel continua aprimorando a forma física depois de tratar lesão muscular e em breve também deverá estar à disposição do técnico Marcelo Oliveira.

ESTRELADAS....

BÔNUS
O presidente Gilvan de Pinho Tavares revelou ontem que o Cruzeiro receberá mais 1 milhão de euros (cerca de R$ 3,25 milhões) do Real Madrid caso o volante Lucas Silva faça ao menos 20 partidas com a camisa merengue, jogando por mínimo de 45 minutos em cada, até julho de 2016. O jogador foi vendido no mês passado por 13 milhões de euros (pouco mais de R$ 42 milhões), dos quais o clube mineiro ficou com a metade – o restante pertencia a investidores e ao próprio atleta, que abriu mão para facilitar a negociação.

DÚVIDA
O goleiro Fábio poderá desfalcar o Cruzeiro no jogo com o Boa, sábado, no Mineirão. Ontem, ele voltou a ficar fora do treino realizado na Tocada da Raposa II, a exemplo do que havia ocorrido na terça-feira, devido a pancada no joelho esquerdo. Se ele for mesmo vetado, joga Rafael.

1413 visitas - Fonte: Superesportes.com.br




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