Coube a Moisés Moura, auxiliar do Cruzeiro, dar explicações sobre o empate por 0 a 0 com o Unión La Calera, em Concepción, no Chile. Ele assinou a súmula como técnico, em função de Seabra não ter a licença exigida pela Conmebol para exercer a função no jogo. O treinador ficou à beira do campo, mas, no documento oficial da partida, apareceu como preparador físico. Moisés lamentou os erros que o time teve no primeiro tempo, quando foi superior aos chilenos.
Realmente, o Cruzeiro foi melhor na primeira etapa, fazendo com que o adversário praticamente não passasse do meio-campo com a posse. Barreal acertou a trave, mas a oportunidade mais clara foi com Rafael Elias, que desperdiçou chance dentro da pequena área. Para Moisés, a vantagem no placar abriria novos caminhos para o time brasileiro explorar. "Se a gente aproveita as chances na primeira etapa, o jogo seria diferente no segundo tempo."
Na etapa final, inclusive, o auxiliar admite que o Cruzeiro teve dificuldades para conter a bola aérea e facilitou o trabalho defensivo do adversário, priorizando as ligações diretas. "Perdemos um pouco equilíbrio, ficou um jogo direto, o que facilitou para o time adversário. Nas bolas paradas, claro, criaram algum problema, mas a gente sabia disso. Fora isso, não tivemos problemas em organização defensiva. Futebol é resultado."
Moisés também citou o desgaste físico como algo a ser considerado para avaliação da atuação do Cruzeiro no Chile. Para esta partida, a comissão técnica fez cinco mudanças no time titular, colocando Zé Ivaldo, Gasolina, Cifuentes, Vital e Barreal nas vagas de Neris, William, Lucas Silva, Ramiro e Arthur Gomes.
Até o momento, a caminhada do Cruzeiro na Conmebol Sul-Americana é marcada por tropeços contra times modestos. O La Calera é o vice-lanterna do Chileno e ainda não venceu em casa no ano. O Alianza, com quem o time celeste empatou por 3 a 3 no Mineirão, também está em penúltimo lugar no Colombiano.