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5/4/2024 11:18

Inclusão de gênero e raça no quadro de funcionários do clube.

Transparência de dados: peso feminino e racial nos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.

Inclusão de gênero e raça no quadro de funcionários do clube.

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho permitem que torcedores de todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro possam saber o peso feminino e das pessoas negras na força de trabalho das instituições, além da diferença salarial entre homens e mulheres. As informações foram fornecidas pelos próprios clubes, levando em conta os empregados que tinham em dezembro de 2022. Todo empregador privado com mais de 100 funcionários deve seguir a Lei 14.611/2023 e fornecer esses dados. A primeira edição do "Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios" foi publicada em 25 de março passado, e os empregadores, incluindo os clubes, tinham até 31 de março para divulgarem seus dados na Internet.

Entre os 20 clubes da Série A, o blog encontrou nos sites os dados de apenas sete times. Mas é possível com uma ferramenta no site pesquisar, através do CNPJ, as informações de todos os clubes da elite nacional. Nos clubes de futebol, a participação feminina no quadro de funcionário é bem menor do que a média nacional de empresas privadas. O Athletico-PR é o que tem maior força de trabalho com mulheres: 35,3%, pouco abaixo da média nacional de 39,6%. Além do time curitibano, só o Fluminense ultrapassa a marca dos 30%. Criciúma (8,3%) e Juventude (7,2%) são os piores no quesito.

Em todo o Brasil, 17% dos trabalhadores do setor privado são mulheres negras. Entre os clubes com dados disponíveis, só Fortaleza, Bahia, Vitória e Cruzeiro ultrapassam essa barreira. No Grêmio, só 4,4% da força de trabalho é composta por mulheres negras. Novamente Juventude (0,9%) e Criciúma (0%) são os lanternas. Já entre os homens negros os resultados são melhores. No geral, 28% dos trabalhadores brasileiros em empresas privadas são homens negros. Os times nordestinos ficam muito acima desse patamar.

No Vitória, 81,5% dos funcionários são negros. No Bahia, 75,6%. No Fortaleza, 72,4%. Abaixo da média nacional estão Flamengo, Internacional, Grêmio, Athletico-PR, Juventude e Criciúma. Com os salários altos dos jogadores do time masculino, os clubes brasileiros fazem feio na comparação do salário entre homens e mulheres. No país todo, a remuneração das mulheres equivale a 80,6% dos homens.

Entre os clubes com dados disponíveis, só São Paulo (89%) e Athletico-PR (82,9%) estão acima disso. Em 16 clubes, o salário das mulheres não chega a metade do obtido pelos homens. No relatório, o Ministério Público deu espaço para as empresas, incluindo os clubes, explicarem os motivos das diferenças por sexo e raça. Só o Internacional se manifestou. O clube gaúcho diz que o "relatório foi feito de forma automatizada, "sem a devida análise e correta parametrização das suas informações como, por exemplo, comparativo de funções e cargos equivalentes na estrutura funcional das instituições. Assim, desconsidera por completo as peculiaridades das relações contratuais inerentes aos clubes de futebol e suas atletas". O Inter diz que ao "desconsiderar os atletas", mantém a "devida equidade salarial entre homens e mulheres no seu quadro administrativo operacional, técnico e de especialistas atuando nos mesmos cargos".

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