Não é dia para analisar escalação, esquema tático, postura em campo ou jogadas. O descontrole emocional quase fez o Cruzeiro sair de campo derrotado no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro. Falar em fatores externos e outros argumentos, é deixar de olhar para os próprios problemas.
Diante do Tombense, no Ipatingão, o empate sem gols precisa ser valorizado pela equipe do técnico Nicolás Larcamón. E mais do que isso, é necessário tirar lições a respeito do comportamento de jogadores experientes em partidas decisivas. O torcedor do Cruzeiro vem de enorme frustação diante da eliminação para o Sousa, na Paraíba, na primeira fase da Copa do Brasil, quando o time não entendeu as condições de jogo e foi penalizado ao ter a meta vazada pelos adversários na reta final da partida.
Diante das condições do gramado, Larcamón optou por escalar Rafael Elias como titular, preservando o titular Juan Dinenno. Segundo a assessoria da Raposa, o atacante argentino ficou no banco, por causa de "excesso de carga", que poderia ocasionar em uma lesão. Se o treinador foi cauteloso, o mesmo não se pode dizer do experiente zagueiro Zé Ivaldo. Aos 11 minutos, ele levou o cartão amarelo ao cortar um lançamento com o braço.
Fica claro que a atitude do zagueiro, que tem se destacado também no setor ofensivo, precisa ser revista, principalmente pela importância do defensor no elenco. Durante a coletiva, Larcamón citou a palavra inteligência em uma das respostas. O treinador precisa absorver e transmitir essa lição ao grupo.