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28/2/2016 08:06

Fora do time? Saiba por que Cabral perdeu lugar para Romero no Cruzeiro

Volante argentino começa o ano como titular, mas deixa o posto para compatriota

Fora do time? Saiba por que Cabral perdeu lugar para Romero no Cruzeiro
Ariel Cabral perdeu posição no Cruzeiro e deu lugar a Romero (Foto: Washington Alves)

Ariel Cabral chegou ao Cruzeiro em agosto do ano passado. Fez sua primeira partida contra o Internacional, pelo Brasileirão, ainda sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Com a chegada de Mano Menezes, conquistou seu espaço aos poucos, até assumir a titularidade do time e virar referência para a torcida, para os companheiros e para a comissão técnica. Com o treinador gaúcho, o Cruzeiro jogava no 4-3-3, com Ariel Cabral atuando como terceiro volante. No esquema, Willians e Henrique faziam, com mais ênfase, a função de marcação, deixando Ariel como uma espécie de terceiro volante, com mais liberdade de chegar ao ataque.

As características de Ariel Cabral, de bom toque de bola e visão de jogo, fizeram com que ele se destacasse no Cruzeiro do segundo turno do Campeonato Brasileiro e fosse peça fundamental no crescimento do time na competição. O Cruzeiro estava apenas um ponto acima da zona de rebaixamento, mas uma sequência de 13 partidas de invencibilidade fez com que a equipe chegasse a sonhar com vaga na Libertadores. Além de Cabral, o zagueiro Manoel e o atacante Willian foram os destaques do time.

Cruzeiro do segundo semestre de 2015, com três volantes e Cabral mais próximo ao ataque (Foto: GloboEsporte.com)

Com a chegada de Deivid, Ariel Cabral continuou como titular. Acontece que, com um esquema tático diferente e novas peças no time, o futebol do argentino parou de se destacar. O novo técnico passou a montar o time com apenas dois volantes, o que fez com que Ariel Cabral passasse a jogar mais recuado e com mais obrigações defensivas. Como não é o típico volante marcador e tem mais características de meia, Ariel acaba contribuindo para que o Cruzeiro fique com mais espaços entre o meio-campo e a defesa, o que trouxe dificuldades neste início de temporada.

Cruzeiro dos seis primeiros jogos de 2016. Cabral e Henrique ficaram sobrecarregados (Foto: GloboEsporte.com)

Ariel acabou perdendo a posição para o compatriota Lucas Romero, um volante de marcação mais forte. O Cruzeiro teve mais compactação defensiva na vitória por 1 a 0 sobre o Tricordiano, semana passada, em Sete Lagoas. O esquema, com Romero e Henrique como volantes, agradou ao técnico Deivid, que vai repeti-lo neste domingo, às 17h (de Brasília), no clássico com o América-MG, pelo Campeonato Mineiro.

Para o comentarista do SporTV, Henrique Fernandes, Deivid acertou ao colocar Romero no lugar de Cabral, principalmente porque o Cruzeiro ganha defensivamente. O também argentino Sánchez Miño tem atuado como meia e se torna um volante de marcação quando o time está sem a bola.

Cruzeiro sem Cabral: função de marcar ficou para Romero e Henrique (Foto: GloboEsporte.com)

- Nos primeiros jogos do ano, o Cruzeiro demonstrou irregularidade entre os setores. Em alguns jogos, o ataque funcionou melhor, em outros a defesa. Deivid busca o equilíbrio nessa situação, e acredito que o Sánchez Miño e o Romero conseguem fazer isso melhor. São jogadores que atacam e defendem com mais eficiência que o Cabral. São mais velozes, mais dinâmicos. Ariel é um jogador mais de passe, menos intenso. Ajuda quando o time tem a posse de bola e o controle de jogo, mas tem mais dificuldade na recomposição que os outros concorrentes.

Romero ganhou posição de Ariel Cabral, pelas características defensivas (Foto: Washington Alves/Light Press)

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