José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), segue fagueiro lá pelas bandas dos Estados Unidos. A punição não me parece tão rígida. Na verdade, esse tipo de gente tem muito do camaleão: mudam de cor, partido, entidade, o cabelo. Mas, no fundo, seguem sendo os mesmos.

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Dizem que Marin já está negociando com uma fornecedora de material esportivo que vai patrocinar as tornozeleiras, talvez até as algemas.

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Marco Polo del Nero (foto), presidente da CBF, está na instituição errada. Já mostrou que o seu esporte é outro, é aquele que exige muita estratégia, muita rapidez. Ele deveria comandar uma federação dos que saem pelas portas do fundo, com porões secretos... E, na entrada, aqueles puxa-sacos de sempre, todos tentando dizer que está tudo certo.

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O que assusta, o que chateia, é saber que o Del Nero não sai e ninguém discute o caso. Fica tudo por isso mesmo. Mas é vergonhoso ter um presidente que não esclarece sua situação e que continua mandando em nosso futebol.

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O Santos se deu mal no jogo contra o Joinville. Mais uma vez o estádio alagado não permitiu que o melhor futebol fosse jogado. A qualidade do gramado tem prejudicado os visitantes.

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E a mistureba em nosso futebol é tamanha que o Vasco, que ficou tanto tempo como lanterna, consegue bons resultados e dá pinta de que vai sair da zona do rebaixamento. Imaginem só: um time limitado, que trocou várias vezes de treinador, vai conseguir escapar da queda.

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Algumas equipes tentam jogar um futebol mais refinado, com muitos toques de bola, mas quem pretende sair da zona perigosa, entra em campo carregando uma gana tremenda. Eles jogam o seu futuro, correm mais, dão carrinho, enfim, lutam pela permanência no emprego, lutam até o fim.

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Acho estranho a turma que diz que não aceita ajuda externa para a arbitragem. Mas são os mesmos que não permitem que o árbitro corrija o seu erro, mas que depois dos jogos descem o sarrafo no trabalho do juiz...

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Orozimbo, aquele meu amigo de Brasília, me ligou e disse que a CPI segue firme tentando passar o futebol a limpo. Tem medo que falte sabão.

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Aliás, os políticos estão adotando muitos recursos do futebol. Sabe como é uma bolada aqui, outra ali... Um chapéu no eleitorado. Acho que é hora de entrar de sola, marcar em cima, conferir quanto ganha um clube que permite que os empresários levem jovens valores.

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Mas o Orozimbo terminou a conversa fazendo um comentário: “No futebol, o dinheiro, antes de chegar aos cofres dos clubes, ele é triturado, chega à entidade quase em forma de pó. Acaba escapando entre os dedos.”