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2/11/2015 15:03

Dedé vê 2015 como “experiência de vida” e vive ansiedade pelo retorno

Dedé vê 2015 como “experiência de vida” e vive ansiedade pelo retorno
Dedé completa um ano fora dos gramados no próximo dia 5 de novembro (Washington Alves/Light Press)

Próximo de completar um ano sem jogar pelo Cruzeiro, o zagueiro Dedé não esconde a ansiedade de voltar a jogar. Alvo de uma cirurgia no ligamento cruzado posterior do joelho direito, realizada em janeiro deste ano pelo médico José Luiz Runco, Dedé não entra em campo desde a vitória do Cruzeiro sobre o Santos, por 3 a 2, no dia 5 de novembro, em jogo válido pela partida de volta das semifinais da Copa do Brasil da temporada passada.

Durante o tratamento, o zagueiro ainda teve que ser submetido a outro procedimento cirúrgico, que consistiu na retirada de um dos parafusos, que gerou uma reação adversa no local da operação passada. Apesar de todas as dificuldades, Dedé ainda considera o ano de 2015 como uma “experiência de vida” e espera reeditar na próxima temporada os grandes momentos vividos por ele no Cruzeiro, onde conquistou dois títulos brasileiros consecutivos, em 2013 e em 2014.

“Minha expectativa é estar forte e ajudar o clube como fiz em 2013 e 2014, porque 2015, não vou te dizer que foi ruim, porque envolve muita coisa, mas foi uma experiência de vida. Eu perdi no futebol, mas ganhei em muita coisa, amadurecimento, crescimento. Então, 2015 foi um ano de aprendizado, um ensinamento de Deus para minha vida, e 2016 será um ano de superação”, afirmou o zagueiro, que já foi liberado pelo departamento médico para iniciar os trabalhos de transição junto à preparação física do clube.

Em entrevista ao site oficial do clube, Dedé ainda fala sobre a vontade de retornar aos gramados e destaca o apoio da torcida cruzeirense e de seus familiares durante todo o seu período de recuperação na Toca II. O defensor também analisou o trabalho feito por Mano Menezes e destacou o desejo de voltar a vestir a camisa da Seleção em breve.

Expectativa pelo retorno aos gramados

Estou numa expectativa muito grande, principalmente de poder chutar uma bola de novo, baita ansiedade. Trabalhei o ano todo quase no particular e agora, nessa fase final, estou em desenvolvimento, numa fase crescente, progredindo muito bem e espero que a volta aos gramados seja em breve. A expectativa é muito boa. Estou me considerando 85% pronto para voltar.

Apoio durante a recuperação

A minha principal força nesse tempo foi familiar, a minha esposa, meus pais, meus amigos e o departamento médico aqui do Cruzeiro, não só o pessoal da fisioterapia, mas também da psicologia. O Dr. Runco também me ajudou, ele que não é aqui do DM, mas é o médico que me operou e que me passou somente coisas positivas. O pessoal da preparação física também.

Além disso, tem os jogadores do plantel, sempre me perguntando se estou bem, querendo que eu volte, falando que eu faço falta não só como jogador, mas como pessoa que está sempre lá no campo incentivando. Isso nos dá força para vir trabalhar, para passar um dia a mais aqui no tratamento. Agora, nessa fase de preparação física estão me dando força também para não desanimar, evitando que eu canse das atividades, que ganhe mais força para fazer esse trabalho físico.

Papel do torcedor na recuperação

O torcedor cruzeirense me abraçou desde quando eu cheguei e nesse momento difícil também. Eles têm me mandado mensagens, apesar de estar um pouco afastado da torcida, mais pelo fato de não querer mostrar esse momento difícil da minha carreira. Gostaria de mostrar somente coisas boas, por isso me afastei um pouco da mídia, mas com certeza o apoio do torcedor nos dá força, porque eles sempre pedem para eu voltar, perguntando quando, falando que precisam de mim. Isso é uma demonstração de carinho e a certeza que eles confiam no meu futebol. Isso é muito importante.

Mano Menezes

Vi todas as passagens (de técnicos) aqui na Toca. O Marcelo Oliveira foi importantíssimo para o time, ganhamos dois títulos brasileiros com ele, é um cara muito bom. Veio o Luxemburgo com um histórico de títulos pelo Cruzeiro, mas, infelizmente, não deu certo. E aí, veio o Mano Menezes, com quem também já trabalhei, foi ele me levou para a Seleção Brasileira. Muda o brilho dos olhos dos jogadores quando chega um novo treinador, isso é natural. O trabalho vem dando certo, porque os jogadores vêm aceitando o seu método de trabalho, absorvendo muito mais as tarefas passadas pelo Mano.

Além de tudo, é um cara que joga aberto, cumprimenta olhando nos olhos e apareceu com uma proposta muito boa para o clube. Ele estudou para trabalhar aqui no Cruzeiro e tem dado muito certo. Todos os jogadores estão se sentindo bem. Pega como exemplo o Willian “Bigode”, que não estava numa fase muito boa, e agora está voando. A confiança dos jogadores aumentou bastante e isso ajuda muito.

Desempenho da defesa

Quando a fase não está boa sobra mais para a zaga. Agora quando se encaixa a marcação e se tem uma zaga de qualidade, todos acabam se destacando. Não é só a zaga, mas o elenco todo que ajuda tanto ofensivamente como defensivamente. Agora com a proposta do Mano, os jogadores estão mais concentrados.

Dedé ainda confia na classificação celeste para a Libertadores do ano que vem (Washington Alves/Light Press)

Libertadores em 2016

A nossa classificação para o G-4 é muito difícil, mas sempre acredito no potencial dos nossos atletas. Nosso time não tem mais o que provar, se estivesse no começo do campeonato com esse trabalho realizado agora, estaríamos certamente na briga pelo título. Muitos acharam que iríamos brigar para não cair e, pelo que estamos apresentando, temos chances de G4, sim. Estou na torcida. Pode colocar o torcedor mais fanático pelo clube que ele não será páreo pelo tanto que estou torcendo. Acredito muito nesse elenco.

Seleção

Acho que tenho que fazer muita coisa ainda, reeducar meu futebol, aprender a jogar de novo, ganhar força, voltar a trabalhar de novo, começando do zero. Ficar um ano parado é muito tempo, mas é meu sonho. Vendo o que passei e o que estou sentindo hoje, voltarei diferente, porque estou com muita vontade. Hoje, o meu sonho é fazer um coletivo, não vou falar nem em jogar, apenas trabalhar com o grupo já me deixará feliz. Estou com o desejo de jogar futebol.

1224 visitas - Fonte: Gazeta Espotiva




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