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16/8/2014 08:17

Perto de marca histórica no Cruzeiro, Marcelo comemora reconhecimento

Treinador completa 100 partidas a frente do Cruzeiro, nas contas do clube, e ressalta trabalho e dedicação como segredos para superar desconfiança inicial da torcida

Perto de marca histórica no Cruzeiro, Marcelo comemora reconhecimento
Marcelo deixou desconfiança da torcida para trás e conquistou coração dos cruzeirenses (Foto: Juliana Flister / Vipcomm)

Cem vezes Marcelo Oliveira. Pelas contas do time mineiro, o treinador cruzeirense completará neste domingo, diante do Santos, às 16h (de Brasília), no Mineirão, o centésimo jogo oficial a frente do clube, que na conta não leva em consideração os oito amistosos da equipe sob o comando do treinador entre o ano passado e a atual temporada. O presente desejado é um só: a vitória. Mas os motivos para comemorar são vários. Contratado sob desconfiança por parte da torcida, Marcelo levou o Cruzeiro ao título do Brasileirão 2013 e ao Mineiro desse ano, tem o melhor aproveitamento da história do clube (72,7%) e caminha firme para brigar por mais conquistas. Com a ponderação habitual, Marcelo enalteceu a marca e disse ficar muito satisfeito por ter conquistado a torcida celeste.

- Cem jogos no Cruzeiro é motivo de orgulho sim, pois se trata de um grande clube do Brasil, está entre os melhores. Cem jogos no futebol brasileiro passa a ser uma coisa exaltada, pois existe a cultura de sempre trocar de treinador. Passei um ano e nove meses no Coritiba e aqui estou desde o começo de 2013. No Brasil, precisamos gerar resultados e é isso que estamos buscando.

Marcelo teve bons resultados até o momento pelo time mineiro. Além do título nacional, é o técnico com o melhor aproveitamento na história do Cruzeiro. Em 99 jogos, foram 66 vitórias, 18 empates e 15 derrotas, um aproveitamento de 72,7%. O rendimento é melhor que de técnicos importantes na história da Raposa, como: Ílton Chaves, os irmãos Airton e Zezé Moreira, Carlos Alberto Silva, Levir Culpi e Vanderlei Luxemburgo. Os números de Marcelo sobem ainda mais se forem considerados os amistosos feitos pela Raposa em 2013 e 2014. Neste caso, já seriam 107 jogos sob o comando dele, com um aproveitamento de 74,7%.

Um dia atrás do outro

Algo curioso na história de Marcelo Oliveira no Cruzeiro é que ela não começou bem. No final de 2012, quando a diretoria celeste estudava quem comandaria o time em 2013 e o nome do ex-jogador e ídolo do maior rival da Raposa, o Atlético-MG era cogitado, alguns torcedores fizeram uma manifestação na porta da Toca da Raposa II, afirmando não desejar Marcelo Oliveira no Cruzeiro. O sopro de insatisfação não durou mais que o primeiro jogo, afinal Marcelo já estrou pelo Cruzeiro vencendo um clássico contra o Atlético-MG, na reinauguração do Mineirão

- Na chegada aconteceram situações que eu não esperava, surpreendentes, que foram ampliadas por pessoas interessadas naquilo. Posteriormente começamos a trabalhar e as coisas modificaram. Montamos um time, que foi fortalecendo. Esperamos este ano conquistar também o Campeonato Brasileiro. Fico feliz acima de tudo, não só pelo número de jogos, mas pelo reconhecimento do trabalho. É muito gratificante ser reconhecido pela torcida do Cruzeiro.

Em quase vinte meses de Marcelo Oliveira no Cruzeiro, o auge foi a conquista do Brasileirão do ano passado. Com segurança, futebol agradável e folga na tabela, o time mineiro levantou a taça nacional após dez anos, colocando o treinador de vez na história do clube.

- Destacar um jogo é difícil, tivemos jogos maravilhosos em que o time se comportou muito bem. Teve aquele jogo contra o Grêmio no Campeonato Brasileiro e também contra o Botafogo. Fora daqui tivemos vitórias fundamentais e culminou com o triunfo sobre o Vitória, na Bahia. O Vitória foi muito bem no primeiro tempo e, no segundo, conseguimos reagir.

Marcelo teve seus momentos ruins no Cruzeiro. Entre as más recordações, estão a eliminação para o Flamengo, nas quartas de final da Copa do Brasil do ano passado, e, principalmente, a queda diante do San Lorenzo, nas quartas da Libertadores deste ano. Essas derrotas não amarguram o comandante celeste, mas doeram, principalmente porque ele acreditava que o time mineiro tinha condições de evitá-las.

- Embora não seja algo que fique remoendo, fiquei frustrado com as eliminações precoces da Copa do Brasil e da Libertadores. Vimos a final do torneio recentemente e ficou a sensação de que poderíamos jogá-la no Mineirão. Mas temos que tirar como ensinamento e fortalecer para uma próxima Libertadores.

1557 visitas - Fonte: Globo Esporte




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