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5/8/2014 10:55

Tédio

Posso estar falando cedo demais, mas o meu maior medo é a ajuda extracampo que alguns times podem receber para evitar nova disparada azul estrelada

Tédio
"Já estou sem paciência para empates como o de sábado com o Botafogo, no Maracanã"

Estou chateado, sem motivação e ficando exigente demais. Já estou sem paciência para empates como o de sábado com o Botafogo, no Maracanã. O nosso time está deixando a torcida mal acostumada a tantas vitórias. Derrota é palavra que não existe mais no nosso vocabulário. Ficar em segundo lugar na tabela, nem pensar.

Pelo menos esse empate serviu para mostrar que nem tudo são flores. A nota negativa da partida foi a entrada do Sheik no Henrique. Muito passiva a reação do juiz diante de jogada tão agressiva. Tirando esse lance, achei que poderíamos ter conseguido mais uma vitória. Mas isso só aumentaria o nosso tédio. Estaríamos com seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Aí, daria até preguiça de ver os dois próximos jogos. Poderia até falar que o escorregão do Fábio no gol do Botafogo foi proposital, para dar mais emoção ao jogo.

Já elogiei a fase do nosso time e o quanto ele representa no novo futebol brasileiro. Um time que joga pra frente, sem uma estrela única, em que cada jogador executa mais de uma função. Basta ver que o gol contra o Botafogo saiu de uma troca de passes entre os zagueiros.

Até agora, o nosso único adversário somos nós mesmos. Ficar mais de um ano na liderança é bom ou ruim? Reclamar de uma situação como esta pode parecer absurda, mas imagino que os elementos motivadores dos jogadores, como artilharia e outros recordes, atrapalhem. Para mim, o maior adversário não está dentro de campo, e sim fora dele. Manter o foco com tantos elogios deve ser difícil. Ouvir que o campeonato está pouco atrativo porque o Cruzeiro disparou não demora a começar. O interessante é ver as matérias dizendo que a vantagem caiu para somente quatro pontos. Essa é a maior diferença de pontos na 13ª rodada desde que começou a era dos pontos corridos.

Ainda teremos por um bom tempo a sombra dos erros cometidos pela Seleção durante a Copa. Tudo o que se fala na imprensa sobre o que se deve mudar no futebol brasileiro já acontece com o nosso time. Posso estar falando cedo demais, mas o meu maior medo é a ajuda extracampo que alguns times podem receber para evitar nova disparada azul estrelada.

Este campeonato está me lembrando as várias vezes em que joguei contra o meu filho, quando ele era pequeno e eu aliviava o tempo todo, deixando a falsa impressão de competitividade. Como falam os meus amigos do Biquíni Cavadao, “um dia a monotonia tomou conta de mim, é o tédio cortando os meus programas esperando o meu fim”. Não quero que isso ocorra com o nosso time, mas tenho receio de que essa vantagem atrapalhe.

Todos sabem que o Skank é viciado em futebol. Nos dois últimos sábados, jogamos, na sequência, no CT Lanna Drumond e na Arena do Jacaré. Os dois lugares estão com campos maravilhosos. A estrutura do América está invejável, e gostaria de agradecer ao Thiago Reis, ao presidente Marcus Salum e sua diretoria, pelo carinho com que nos receberam.

Jogar nesses lugares foi um grande prazer, mas o presente do dia dos pais será completo com uma vitória sobre o Criciúma no próximo sábado!

1200 visitas - Fonte: Superesportes




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