Marcelo Moreno passa por um jejum desde a retomada do campeonato, depois da Copa/Eugênio Moreira /Estado de Minas


Dono do melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 28 gols em 12 jogos, o Cruzeiro vive uma situação curiosa quanto a seus goleadores. Enquanto o armador Ricardo Goulart é o artilheiro da competição, com oito gols, e marcou nas últimas seis partidas, incluindo três amistosos nos Estados Unidos, o atacante Marcelo Moreno passa por um jejum desde a retomada do campeonato, depois da Copa do Mundo. Seu último gol foi na vitória por 3 a 1 sobre o Internacional, em Caxias do Sul, em 25 de maio.

Marcelo Moreno, no entanto, encara a seca de gols com naturalidade. “Como atacante, você quer fazer gols, claro, mas o principal são as vitórias para a gente continuar líder. Ter um final feliz é o mais importante para mim”, afirmou o atacante boliviano, que chegou a dividir a artilharia da equipe com Ricardo Goulart, depois de marcar nos cinco primeiros jogos que disputou no Brasileiro.

Um ponto em que Marcelo Moreno está se destacando são as assistências. “Estou sendo um falso nove, que abre a marcação para que outro jogador possa entrar e marcar. O trabalho coletivo ajuda o Cruzeiro. Se formos assim até o final, teremos um final feliz”, comemorou o jogador. “O importante é que o Cruzeiro seja líder e esteja mostrando um bom futebol.”

O boliviano destacou ainda que a marcação na saída de bola do adversário tem facilitado o trabalho para os atacantes da equipe. “Acho que fica mais fácil roubar a bola na frente e poder fazer o gol. A gente está ouvindo bastante o Marcelo Oliveira. Está dando certo. Já aconteceu jogo que conseguimos fazer o gol por causa da pressão lá na frente”, ressaltou Marcelo Moreno.

O atacante revela que o treinador sempre orienta a equipe de acordo com o adversário. “O Marcelo passa para o grupo o trabalho que o time pode precisar no jogo seguinte. A gente está fazendo o trabalho de acordo com o time que vai enfrentar e está fazendo muito bem”, contou Marcelo Moreno, que espera uma partida difícil contra o Botafogo, amanhã, às 18h30, no Maracanã.

“Temos que estar focados, ligados o tempo todo”, recomendou. “O Botafogo se defende bem e é rápido. Sabemos das dificuldades que estão passando por lá, mas a gente está jogando um futebol que dá confiança para todos nós.”

Jogar fora de casa não preocupa o boliviano, ainda mais no Maracanã – apesar de o time ainda não ter vencido no estádio depois da reforma para a Copa do Mundo (foram três derrotas e um empate no ano passado). “O Cruzeiro conhece muito bem o novo Maracanã. É um campo grande e rápido”, analisou o atacante. “Se a gente quer manter o rendimento, as vitórias fora são importantíssimas. Sabemos que será um jogo difícil, mas é só fazermos o que viemos fazendo. Vamos continuar somando pontos valiosos contra grandes equipes para fazer a diferença lá na frente.”

CONFIRMAÇÃO No coletivo de ontem pela manhã, na Toca da Raposa 2, Marcelo Oliveira repetiu a formação do dia anterior e que tem apenas uma modificação em relação ao time que goleou o Figueirense por 5 a 0: Mayke na vaga de Ceará na lateral direita. O treino foi bem movimentado, e os titulares venceram por 4 a 0.

Na equipe reserva, o atacante Dagoberto foi o destaque, com três canetas, duas em Egídio e uma em Henrique. O lateral-esquerdo, meio sem-graça, comentou a atuação do companheiro: “Ele estava inspirado. Fez uma coleção de canetas no campo. Nosso grupo é realmente muito bom e isso é bom para o Cruzeiro”. Hoje, os jogadores voltam a treinar pela manhã e viajam para o Rio depois do almoço.