Três dias depois do erro do VAR ao traçar as linhas de impedimento e anular o gol do atacante Edu no duelo entre Ituano e Cruzeiro, a CBF ainda não se pronunciou sobre o assunto. O árbitro principal e o assistente de campo estão na escala do Brasileirão.



Oficialmente, por meio da assessoria de comunicação, a CBF informou que havia previsão de que a Comissão de Arbitragem se comunicasse sobre o erro do VAR nessa quinta-feira. O que não aconteceu. A tendência, segundo apurou o ge, é de que a equipe de vídeo fique fora das próximas rodadas das Séries A e B.

O árbitro de vídeo do jogo foi Pathrice Wallace Corrêa. O assistente era Carlos Henrique Cardoso de Souza, e o observador de VAR foi Gilberto Corrale.

Bruno Arleu de Araújo, árbitro de campo na partida contra o Ituano, comandará a equipe de arbitragem no duelo entre Coritiba e Juventude, no domingo, às 11h (de Brasília), pela 16ª rodada da Série A. Ele é federado no Rio de Janeiro e está no quadro da Fifa.

Vale lembrar que Bruno não esteve diretamente envolvido no gol de Edu que foi anulado. Lances de impedimento são revisados pela equipe de vídeo, que apenas comunicam ao árbitro a decisão. Quando há necessidade de interpretação, ele é chamado ao monitor à beira do campo. Não foi o caso.

No entanto, o Cruzeiro também questiona outras decisões de Bruno no decorrer da partida, principalmente os cartões dados a Geovane Jesus.

Antes de o VAR anular o gol de Edu, o assistente Michael Correia marcou o impedimento em campo. Ele trabalhou no jogo entre CSA e Ponte, nessa quinta-feira, pela 17ª rodada da Série B. Na Central do Apito, no momento da anulação e antes das linhas traçadas pelo VAR, Janette Mara Arcanjo ressaltou que o lance era ajustado. O entendimento da CBF é o mesmo, ao avaliar o Michael.

O gol anulado
O lance ocorreu aos 44 do primeiro tempo no estádio Novelli Júnior. O auxiliar anulou o lance em campo. O VAR levou cerca de um minuto e meio para confirmar a decisão de campo.

Acontece que a linha azul , traçada no pé esquerdo de Lucas Dias, defensor do Ituano, deveria ter sido colocada em outro ponto. Dá para observar que o pé direito de Lucas Dias, por exemplo, está bem mais próximo à linha de fundo. Ainda havia outro zagueiro, Rafael Pereira, à frente de Edu, o qual poderia também dar condições.

Edu, envolvido diretamente do lance, reclamou bastante da arbitragem depois do apito final, dizendo que tinha impressão, ainda em campo, que tinha condição legal. Paulo Pezzolano também fez críticas à situação e disse que os erros não aconteceram "sem querer". CEO do clube, Gabriel Lima prometeu ir à CBF também para buscar os áudios do VAR e entender o motivo dos erros em campo.



Segundo apurou o ge, o Cruzeiro não irá questionar a CBF somente por meio de ofício, como é comum no futebol brasileiro. A tendência é de que um representante da SAF se reúna pessoalmente com Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem.