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25/5/2022 14:00

Artilheiro do Cruzeiro, Edu tem história de vida contada por meio de tatuagens; veja trajetória

Artilheiro do Cruzeiro, Edu tem história de vida contada por meio de tatuagens; veja trajetória
A história do Cruzeiro 2022 tem saído, em grande parte, dos pés, cabeça e gols de Edu. O artilheiro cruzeirense (14 gols marcados na temporada) também carrega, na pele, a história de vida, marcada por superações e aprendizados.

No corpo, Edu acredita que tem 70% do corpo coberto pelas tatuagens, que começaram a ser feitas aos 18 anos. Hoje, o atacante tem 29 anos e vive o auge da carreira, assumindo o papel de artilheiro e homem-gol do Cruzeiro, carregando consigo a marca de já ter sido o artilheiro da Série B 2021, pelo Brusque. Nesta edição, é o vice-artilheiro com três gols, atrás de Diego Souza (quatro).

Ao ge, o artilheiro do Cruzeiro contou sobre a trajetória e a paixão pelas tatuagens. Edu escolheu o nome dos pais (Luciana e Eduardo) para serem os primeiros tatuados. Um em cada antebraço.


- Sempre fui muito fã de tatuagem, sempre via as pessoas mais velhas verem. Mas sempre escutava em casa que não era para fazer. Quando eu fui fazer, com 18 anos, falei: ‘quer saber: vou fazer com o nome do meu pai e da minha mãe, para eles não me xingarem tanto'. A ideia deu certo. Eles se emocionaram e não brigaram comigo - relembra o atacante, que deixou a casa aos 13 anos, em São Gonçalo-RJ para buscar o sucesso no futebol.

"Acredito que não só irei fazer (tatuagem) no rosto. Mas, daqui um ano, quero estar fechado do pescoço para baixo "
Aliás, o local onde cresceu, mais precisamente a comunidade do Jardim Mirambi não é esquecido pelo atacante, mesmo ele não voltando a morar lá após a saída de casa. Na parte superior do braço, a comunidade desenhada e o "menininho" Edu com a camisa 9 e uma pipa, atividades que o atacante gosta.

A tatuagem de mais significado para Edu, entretanto, é da avó. Está na coxa direita, perna que utiliza para a maioria dos gols. Embaixo do desenho do rosto, há também uma mensagem de agradecimento e amor.

- Foi a pessoa que me criou durante muito tempo, faleceu há quatro, cinco anos. Quando ela faleceu, na mesma semana fiz a tatuagem. É a que mais marca comigo. É a mais especial - destaca o atacante.

Com 29 anos, Edu tem o melhor contrato da sua carreira no Cruzeiro. Contratado pelo desempenho com o Brusque na Série B do ano passado, quando marcou 17 gols em 33 jogos. A Raposa pagou R$ 600 mil para tirá-lo do time catarinense, onde ficou conhecido como "O Imperador do Vale". Hoje, é o "Imperador Azul".

É a primeira chance dele, na carreira profissional, em um grande clube. Na base, passou por Vasco, Botafogo e Flamengo, mas não conseguiu se consolidar. Edu, como ele mesmo diz, é o pilar da sua família.

- Sou o irmão mais velho, sou o pilar da minha família. Carrego muita responsabilidade da minha família, da família da minha mãe, do meu pai, dos meus três irmãos (Cauê, Lucas e Mayara). Eles são só torcedores. Vivem isso com muita intensidade. Sempre eles fazem o bate e volta para me ver - conta o atacante.

Do fim do túnel à artilharia
Edu afirma ter orgulho da trajetória de vida. Por mais que ela seja marcada por percalços. Uma delas pelo que o extracampo atraiu o jogador.

- Tenho muito orgulho do que eu me tornei na minha vida. Tive muitas falhas e, tenho certeza, que foi isso que atrasou o meu sucesso. Tenho convicção disso. Falha de deslumbrar, de ver coisas que o mundo dos atletas não se encaixam. É muito bom se divertir, tomar sua cervejinha, mas tudo tem sua hora.


"Hoje, tenho consciência que vou ficar 11 meses sem fazer (o que gosta no lazer) e vou ter 20 dias para fazer o que eu quiser. Hoje tenho consciência disso. Não me arrependo de ter feito, mas são coisas que me fizeram crescer. É muito bom se divertir, tomar sua cervejinha, mas tudo tem sua hora"
As atitudes, do passado, servem para Edu mostrar ao filho Bernardo, de nove anos, e até aos atletas mais jovens do que (não) se fazer na vida e carreira. Um exemplo positivo é de não desistir.

Mas não é fácil, como conta Edu. Em agosto de 2020, na primeira rodada da Série C do Brasileiro, ele sofreu um rompimento do ligamento cruzado anterior, lesão meniscal e condral extensa no joelho direito. Só foi voltar a jogar em meados de abril do ano posterior. Um baque e tanto para o jogador.

"Escutei muitas pessoas falando que eu não jogava mais bola. Passei cinco dias na cadeira de roda, tomando banho com lenço umedecido. Tive um momento de depressão. Então, são coisas que, pra quem vê de fora, não sabe a luta que é, para a gente vencer".
- Me vi no fim do túnel. Quando fiquei sabendo que teria que abrir os dois joelhos, liguei para o meu pai e disse que seria o fim da minha caminhada. Foi muito duro para a gente. Você trabalhar, anos e anos, chegara para o seu pai e falar que não aguentava de dor. A mudança veio 100% depois da lesão - aponta o atacante, que fez uma tatuagem em cima da cicatriza da cirurgia.

Efeitos da lesão
Quem vê Edu balançando as redes pelo Cruzeiro (já são 14 gols), não vê o tanto que o jogador batalha para ter bom desempenho. Segundo ele, a grave lesão deixou marcas no seu dia a dia. Ele afirma que sente dor rotineiramente.

- Sinto dor todo dia. Sei que todo atleta sente dor, mas sentir dor não é bom todo dia. Mas a gente luta. A gente está na batida. Tem dia que as dores são agudas. A gente conversa com o pessoal da fisioterapia, da comissão, e se disponibilizam de abrir mão de algumas coisas.

"Sou muito correto e sincero do que vivo aqui dentro. Sei da minha responsabilidade e da forma com as pessoas me enxergam. Nada vai mudar a minha maneira de agir independente de fazer gols e sucesso. Sou um cara que dou a vida quando o assunto é futebol".

996 visitas - Fonte: globoesporte




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